sexta-feira, 27 de dezembro de 2013
quarta-feira, 25 de dezembro de 2013
Árvore de natal é queimada por Black Bloc
Nessa noite, em horário cuja precisão não foi possível descobrir, pessoas adeptas do Black Bloc incendiaram uma árvore de natal na Praça Julio de Mesquita, no centro de SP. As informações foram primeiramente divulgadas na página Coletivo Armagedom Black, e replicadas pela Jck Mídia Independente. Acabo de chegar em casa após passar no local, onde várias viaturas da Guarda Metropolitana e Polícia Militar circulavam na região. Nada sobrou da árvore. Ao que parece, em várias partes do mundo árvores de natal foram queimadas como ato de protesto. São Paulo, 25/12/2013.
This evening, in a time witch it was not possible to determinate, people adept of Black Bloc tatic set fire in a Christmas tree in the Julio de Mesquita Square, downtown São Paulo. The information was first delivered by Coletivo Armagedom Black and then replied by Jck Midia Independente. I have just arrived home after passing through the place, where several cars of both Metropolitan Guard and Military Police were circulating in the region. Nothing has left from the tree. It seems that, as in several parts of the World, Christmas trees are being burned down as a form of protest.
terça-feira, 24 de dezembro de 2013
quarta-feira, 18 de dezembro de 2013
sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
quinta-feira, 12 de dezembro de 2013
Prefeito "Malddad" NÃO anda de ônibus em SP...
Achei ele hoje na Alameda Santos, sentido Paraíso, provavelmente voltando pra casa... O vídeo não deixa dúvidas de que a propaganda do prefeito de que ele anda pela cidade de ônibus não passa de uma mentira
quarta-feira, 27 de novembro de 2013
quarta-feira, 20 de novembro de 2013
terça-feira, 19 de novembro de 2013
Estadios da Copa podem virar prisões
Stadiums built for the World Cup may become prisions
Não vejo muito o que comemorar e a notícia faz sentido. A pergunta que faço, tendo em vista a atual tentativa de tomada do poder pelo PT e Dilma, é a seguinte: quais são os criminosos que eles colocarão nesses futuros campos de concentração? Bandidagem comum ou "criminoso" político???? Não é a toa que está vindo o tal "Marco Regulatório da Internet", todos os escritores de blog independentes e que forem oposição do governo serão presos na ditadura pós-governo-Dilma.
I don't see much to celebrate and the news makes sense. The question I ask, in view of the current attempt to seize power by PT and Dilma, is: what are the criminals they intent to put those future concentration camps? Common criminals or political "criminals"?? No wonder it's coming as the "Regulatory Framework of the Internet", all independent blog writers and anyone who opposes to the government will be arrested in the dictatorship post-government-Dilma.
http://www.anonymousbr4sil.net/2013/09/estadio-da-copa-em-manaus-pode-virar.html
Não vejo muito o que comemorar e a notícia faz sentido. A pergunta que faço, tendo em vista a atual tentativa de tomada do poder pelo PT e Dilma, é a seguinte: quais são os criminosos que eles colocarão nesses futuros campos de concentração? Bandidagem comum ou "criminoso" político???? Não é a toa que está vindo o tal "Marco Regulatório da Internet", todos os escritores de blog independentes e que forem oposição do governo serão presos na ditadura pós-governo-Dilma.
I don't see much to celebrate and the news makes sense. The question I ask, in view of the current attempt to seize power by PT and Dilma, is: what are the criminals they intent to put those future concentration camps? Common criminals or political "criminals"?? No wonder it's coming as the "Regulatory Framework of the Internet", all independent blog writers and anyone who opposes to the government will be arrested in the dictatorship post-government-Dilma.
http://www.anonymousbr4sil.net/2013/09/estadio-da-copa-em-manaus-pode-virar.html
Ninja revela segredos sobre suposta armação contra mídias independentes
Um ninja está sendo acusado de ser estuprador por uma mulher que é advogada. Suspeitam-se que ela seja, ou esteja trabalhando, com a polícia. Neste vídeo, o ninja se defende e manda recado a todos em defesa antecipada de sua reputação, caso ele vá parar na cadeia e a Globo acabe com sua vida.
segunda-feira, 18 de novembro de 2013
Sobre manifestações: um balanço justo da situação
Até agora tem sido um mistério para as autoridades policiais paulistas quem era o suposto líder do Black Bloc, tal como eles colocam. Antes de prosseguirmos, façamos uma rápida revisão sobre a definição do termo black bloc:
"[...] agrupamento de pessoas para uma ação conjunta ou propósito comum, diferentemente de block: bloco sólido de matéria inerte) é o nome dado a uma tática de ação direta, de corte anarquista, caracterizada pela ação de grupos de afinidade1 mascarados e vestidos de preto que se reúnem para protestar em manifestações de rua, utilizando-se da propaganda pela ação para desafiar o establishment e as forças da ordem. Esses grupos são estruturas efêmeras, informais, não hierárquicas e descentralizadas. Unidos, adquirem força suficiente para confrontar a polícia, bem como atacar e destruir propriedades públicas e privadas". (WIKIPÉDIA, 2013).
Apesar da clareza da definição acima, a polícia trabalha na hipótese de que o Black Bloc seja um grupo, ao mesmo tempo em que afirma este ser de composição heterogênea, conforme declarou Wagner Giudice, diretor do DEIC – Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado. Ora, fosse realmente um grupo, algum tipo de fator característico acerca dos que foram intimados a depor unir-los-iam.
De fato, talvez a única coisa característica entre os entrevistados é o fato deles protestarem contra o governo, ou seja, de estarem insatisfeitos com esse aumento abusivo de impostos, inflação, desemprego, demagogia política, casos graves de corrupção na Administração Pùblica, e por aí vai. Dentre as cenas que vi nesses meses de protestos, raramente a polícia age no intuito de coibir aqueles que abusam das manifestações. Muito pelo contrário, as detenções ocorrem bem posteriormente aos atos de vandalismo, e (pasmem) a maioria dos detidos sequer veste-se de preto.
Rito ordinário da polícia, eles dispõem de um helicóptero para observação aérea nestas ocasiões. Tomemos como exemplo o dia 15 de Outubro de 2013: enquanto os policiais efetuavam a prisão de “averiguação” na rua de trás da loja, um outro grupo de manifestantes – estes sim adeptos desta tática Black Bloc – já haviam percorrido a Av. Vital Brasil e iniciado as destruições de um ônibus e pelo menos três veículos de manutenção da concessionária metroviária Via Quatro, no entorno do terminal de metrô Butantã. Como poderiam os policiais perder esta visão, se eles dispunham de um helicóptero para assessorar os que trabalhavam em terra?
A verdade é que os Black Blocs, em parte, beneficia o atual sistema autoritário de governo do Geraldo Alckmin e da Dilma Rousseff, os quais anseiam por implementar uma ditadura neste país (se é que já não vivemos em uma). As prisões e agressões são feitas contra manifestantes pacíficos, fotógrafos, jornalistas, enfim, pessoas pegas pelas “redes de pescadores”. No dia seguinte, a polícia sabe que será cobrada pelo Secretário de Segurança Pública por resultados e cria factoides para alegar suposta competência no combate ao crime. Quando, no dia seguinte, um jornal publica que houve destruição em tal lugar, a mesma matéria termina com a declaração de um major ou coronel da PM informando o número de detidos na mesma noite. Por fim, o que quer a ditadura disfarçada de democracia é criminalizar os que reclamam dos seus governos de merda. Por isso, a declaração do diretor do DEIC é reveladora quando afirma que os manifestantes deviam ser tratados como “torcedores de futebol”...
A sensação é de que quantidade de pessoas detidas é sempre proporcional ao tipo de destruição que ocorreu. Daí o motivo delas serem arbitrárias. Há muito tempo a polícia vem detendo pessoas e já possui perfil meticuloso de cada um. A novidade agora é que eles foram pressionados a agir em conluio aos interesses das poderosas elites econômicas e da grande mídia golpista. Primeiro porque desagrada aos bancos e aos estabelecimentos tidos como “alvo preferido dos anticapitalistas” o fato de ter no território nacional pessoas que não estarão sujeitas à “alegria imbecilizante” do clima de Copa do Mundo que está chegando. E o segundo, a mídia tem muito a lucrar com o mesmo evento. Até porque, notícias sobre jovens de 17 anos que são assassinados por policiais incompetentes gera sentimento depressivo entre seus leitores. Não... o povo quer saber do Brasil ganhando a Copa. Francamente...
E justamente para preservar os interesses dos políticos corruptos, das poderosas elites econômicas e da grande mídia golpista, foram tomadas uma série de ações para coibir manifestações no dia 15 de novembro. Analisemos a sequencia dos fatos:
- 06/11 - Hackers deletaram páginas sobre os Black Blocs de São Paulo e do Rio de Janeiro, além da página dos Anonymous. Seriam hackers ou agentes do governo?
- 08/11 – Revista Época publica revista com entrevista a um tal de Morelli, o qual se denominou líder dos Black Blocs;
- 14/11 – O DEIC chamou 65 pessoas para depor, suspeitas de atuar em ou a favor do “grupo” Black Bloc;
- 15/11 – A polícia militar coloca nas ruas da capital de São Paulo um efetivo exagerado de policiais militares, dispostos em diversas partes da cidade, incluindo no vão livre do MASP, no claro interesse por parte do Estado (em outras palavras, do Alckmin) em coibir as manifestações, ato este que feriu o direito constitucional das pessoas que queriam se manifestar naquele dia.
Conclui-se, portanto, que os intentos do governador Geraldo Alckmin, maior alvo de críticas nas manifestações, e o maior beneficiário em coibir o coro dos descontentes do seu governo, foram alcançados.
Mas também parece que os intentos destes que são adeptos da tática Black Bloc também o foram. Antes, a população formadora de opinião não tinha ideia do grave despreparo da polícia militar e da gestão de segurança pública frente a essa onda de manifestações. A polícia deu graves demonstrações de abuso de autoridade, descontrole emocional, inapta mentalmente, torturas, assédio moral contra manifestantes (inclusive, obtive informações de que um policial que prendeu uma manifestante de 18 anos está cantando e perseguindo a menina, buscando a todo custo fazer sexo com ela). Estes são apenas alguns exemplos.
Uma dúvida ainda permanece no ar: entre campanhas de difamações, entre elas (e a mais grave de todas) contra o GAPP, acusados de ajudar Black Blocs quando na verdade eles atuam como uma espécie de “Cruz Vermelha”, o diretor do DEIC ainda não demonstrou quaisquer intenções de chamar para depor esse tal de Leonardo Morelli. Ora, como pode tamanho desleixo por parte de uma repartição que investiga o crime organizado ignorar a entrevista (ou talvez confissão seja o termo mais apropriado) dada por ele à Revista Época?
A falta de uma ação neste sentido apenas reforça aquilo que já foi afirmado – e amplamente sabido pela população brasileira que não se deixa enganar – de que a entrevista foi forjada e a matéria é falsa. Até que o Morelli seja investigado pela polícia, chamado para depor, indiciado e processado criminalmente, eu não me permitirei em acreditar em qualquer outra versão senão que tudo isto não passa de um embuste da elite poderosa para criminalizar a ânsia de protestar por parte da população. Quanto ao leitor desta, acredite no que bem lhe couber.
Leituras recomendadas:
DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO. Quem é o “líder” dos Black Blocs inventado pela Revista Época. DONATO, M.: 10/11/2013. Disponível em: < http://www.diariodocentrodomundo.com.br/quem-e-o-lider-dos-black-blocs-inventado-pela-epoca/>. Acesso em: 18/11/2013.
BBC BRASIL. Polícia lista suspeitos e defende linha dura contra Black Blocs. KAWAGUTI, L.: 15/11/2013. Disponível em: < http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/11/131114_blocs_deic_lk.shtml>. Acesso em: 18/11/2013.
Referência bibliográfica:
WIKIPÉDIA. Black bloc. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Black_bloc>. Acesso em: 18/11/2013.
sábado, 16 de novembro de 2013
15 DE NOVEMBRO: UMA ORGIA DE ASSASSINOS E DITADORES
Chamam hoje de "proclamação da república" aquilo que na verdade foi o PRIMEIRO GOLPE MILITAR da história. Uma mescla de militares positivistas e alguns da classe econômica representada pelos fazendeiros, uniram-se em total confluência de interesses. Para os militares, o país deveria ser dirigido por eles, sem eleição alguma, pois eles delegavam para si o conhecimento do que era "bom" para o país. Para os fazendeiros, que se rebelaram contra Dom Pedro II por ele ter libertado os escravos, o imperador deveria cair como ato de vingança em face do fato deles não ter sido indenizados pela "perda de sua propriedade"...
Este grupo, pequeno, altamente organizado, invadiu o palácio do imperador e na mesma noite o expulsaram do país. Simples assim.
Marechal Deodoro, executor do primeiro golpe militar, teria dito naquela noite que haveria plebiscito para que o povo definisse qual rumo o país tomaria. Tal plebiscito só viria ocorrer em 1993, 104 anos após o golpe.
Floriano Peixoto mais que certamente encabeça a lista dos piores assassinos e terroristas de estado da história do Brasil. A alcunha de "Consolidador da República" foi forjada pelos militares é a maneira eles como se referem ao Floriano dentro dos círculos militares e - obrigatoriamente - nos livros de história.
Ambas as figuras, Deodoro e Floriano, eram delirantes, mal sabiam raciocinar objetivamente, construíram em torno de si uma abstração da realidade, de tal forma que vieram prometer à população (e eles próprios estavam convencidos disso), de que ainda no primeiro mandato da presidência da república, o país perceberia imediatos avanços econômicos, a nação iria se modernizar, deixando-se de ser um território agrário e passando a ser uma nação industrial, como a Inglaterra, e seria "o país do futuro".
Entretanto, a população não percebia a situação desta forma. O apoio esperado da população, por parte do primeiro governo da república velha, não aconteceu. Pior, os impostos foram elevados, sob o motivo de uma suposta necessidade de financiar os projetos megalomaníacos da presidência da república, dos quais nem os próprios orquestradores do golpe divulgavam assertivamente quais eram. De fato, a única coisa que foi realmente bem financiada foi a compra de mais armamentos e munições, cujos primeiros lotes foram empregados na modernização do exército e na Guerra de Canudos. Sobre esta revolta popular, um grupo de 25 mil pessoas se reuniu no interior da Bahia como forma de se defender dos cobradores de impostos republicanos, que agiam de maneira violenta e saqueadora contra a população.
Numa época de terror como aquela, e não distante da atual, pelo menos houve tempo para a liberdade de imprensa fazer uso do termo "florianismo" (que antecedeu ao "getulismo" e "lulismo") foi cunhado pelos críticos ao governo, de modo a significar o político populista, pretensioso ao papel de "pai do povo". O que é mais revelador sobre o (mau) caráter de Floriano Peixoto quando mandou assassinar, a sangue frio, centenas de pessoas na cidade de Nossa Senhora do Desterro, em Santa Catarina, cidade esta que foi renomeada para Florianópolis, num gesto de humilhação moral e derrota da revolta da Armada.
Mas apesar de tudo, os dois primeiros presidentes souberam de uma forma de conquistar a opinião da população. A dedução do governo federal frente a esta problemática foi simples: se não têm meios de convencer alguém pelos argumentos, compre seu caráter. Uma vez estando Pedro II, famoso e conhecido por condenar a corrupção, finalmente fora do país, começou-se assim uma avassaladora orquestração de vagabundos e párias que se tornaram funcionários públicos do governo, sem desempenhar qualquer tipo de serviço público. Sobre a liberdade de expressão, vale ainda ressaltar que reclamar ou falar algo contra sobre o governo passou a ser uma atitude criminosa. Jornais de oposição haviam sido fechados. Jornais apoiadores do governo, mantiveram-se abertos (o "Estadão" foi um deles). Em suma, pessoas contrárias a república passaram a ser presas e interrogadas, por crime de opinião.
As instituições policiais, rapidamente desenharam um perfil do que seria o criminoso público. Havia, em cada sede de polícia, um desenho de uma pessoa, meio negra e meio branca, com feições assustadoras e convincentes a qualquer um de que se assemelhasse àquela figura deveria ser preso pelo criminoso que supostamente se tornaria um dia, conforme doutrinava o governo. Uma política higienista estava se iniciando. No centro da capital do país, no Rio de Janeiro, vias públicas bem decoradas e bastante assemelhadas aos estilos europeus eram proibidas de circulação àqueles que estivessem mal vestidos ou fossem de "tal raça" considerada nojenta pelos detentores do poder.
Com o tempo, o governo entendeu que não era apropriado enviar opositores políticos às prisões. Os hospícios passaram então a ser o destino daqueles que demonstravam não concordar com o ponto de vista do governo. Para os golpistas do dia 15 de novembro, qualquer um que não trabalhasse e não se voluntariasse para o bem do país, tal como definido pela presidência nas décadas seguintes, devia ser louco. Qualquer um com autoridade suficiente para tal podia analisar o caso de um acusado e assegurar o seu destino triste: juízes, tenentes, majores, prefeitos... nenhuma opinião médica era considerada.
Enfim, não vejo motivos para que esta data seja comemorativa. Provavelmente a maior parte do país se sente na mesma condição, motivo pelo qual, quem teve condições, foi tomar sol na praia. A abundância da presença policial nas ruas de São Paulo no dia de hoje torna simbólica ao significado de horror asqueroso que a data ostenta. Prisões aleatórias, racismo por parte do Estado, mídia sendo perseguida, elevação de impostos, vagabundos no poder, enfim, são tantas semelhanças de um problema antigo, mas ainda muito atual.
domingo, 10 de novembro de 2013
Em Osasco, documentos de clientes do Itaú são encontrados em lixão clandestino
Osasco, 10/11/2013 - As imagens foram feitas hoje de manhã, na Avenida Leonil Crê Bortolosso, ao lado do Rodoanel. Em um lixão clandestino numa avenida pouco movimentada, encontrei essas caixas com documentos repletos de informações pessoais. Os papeis tinham o timbre do Banco Itaú. Tratavam-se de fichas-propostas para contratação de serviços.
Osasco, November 10th, 2013 - This video was made this morning on Leonil believed Bortolosso Avenue side of the Beltway. In a clandestine dump in a little busy avenue, I found these boxes filled with documents with personal information. The papers had the mark of Banco Itaú. They were chip-proposals for contracting services.
Osasco, November 10th, 2013 - This video was made this morning on Leonil believed Bortolosso Avenue side of the Beltway. In a clandestine dump in a little busy avenue, I found these boxes filled with documents with personal information. The papers had the mark of Banco Itaú. They were chip-proposals for contracting services.
quarta-feira, 6 de novembro de 2013
"Operação Vendetta"
Piauí, um pacifista preso por "averiguação"
Quem acompanha as manifestações em São Paulo, quase sempre vê o homem que aparece na fotografia abaixo. Ele é chamado de Piauí, um velho hippie que vende petecas debaixo do MASP, no centro de São Paulo.
Piauí, entretanto, é mais conhecido pela profundeza dos seus discursos. No meu canal no Youtube, há vários vídeos feitos sobre ele.
Para quem não esteve presente no ato de protesto no dia 5 de Novembro de 2013, conhecido como 'Operação Vendetta' (contra políticos corruptos), farei aqui um breve resumo dos fatos:
1 - O ato começou no MASP, com cerca de 200 pessoas;
2 - Seguiu abaixo pela Av. Brigadeiro Luis Antonio, até a Praça das Bandeiras, no Ibirapuera;
3 - Os manifestantes voltaram à Av. Paulista, pela Brigadeiro;
4 - O ato ja estava quase no fim, as pessoas estavam aguardando os discursos finais, quando um manifestante acionou um rojão para o alto.
A Policia Militar, ansiosa para vingar o espancamento do Coronel Rossi, havia feito um 'cordão de isolamento' em torno dos manifestantes. Todos estavam no cruzamento entre as avenidas Paulista e Brigadeiro.
O estouro do rojão foi o motivo cabal e imbecil para que a polícia decidisse atacar os manifestantes. A impressão que tive é que a manobra foi exaustivamente ensaiada, pois os policiais já sabiam o que fazer. Não houve comunicação entre os policiais. Me deixaram passar e não fizeram nada contra mim. Talvez já estivessem de olho em quem pegar, mas vai saber!
O Piauí foi um dos cinco detidos naquela noite. Foi também espancado com cacetetes e, pacifista como é, mesmo apanhando, sentou-se no chão. Mesmo após ele fazer isso, ele continuou apanhando mais um pouco e depois pararam.
Se for verdade a hipótese de que já estavam de olho para pegar ele, provavelmente deve ter sido por causa dos discursos que fez, várias vezes, durante o trajeto da manifestação. Numa primeira vez, havia denunciado uma provocação feita pela polícia contra os manifestantes.
Mais adiante no percurso da manifestação, Piauí havia sugerido que fossem jogadas bombas nas casas dos políticos... Evidente que era apenas uma piada.
Logo após ter sido espancado e detido, Piauí começou a passar mal. Mesmo assim, foi colocado numa viatura da Tática e levado ao 14o. DP em Pinheiros.
Os Advogados Ativistas foram até a 78ª DP em Jardins para acompanhar a situação o Piauí voltou para casa, às 6 horas do dia seguinte. Ele passa bem e, segundo outras fontes, havia garantido sua presença em manifestações futuras.
Importante salientar que o comandante da PM, Larry Saraiva, mentiu descaradamente ao afirmar a uma jornalista da Globo (que impressionante...) que o ataque foi 'justificado' pelo fato dos manifestantes terem avançado sobre os policiais. Isto NÃO foi o que aconteceu. Afinal, Piauí estava certo quando disse, no primeiro video acima, que a mídia mentiria sobre todos os fatos ocorridos naquela noite.
Pelo menos outras 3 pessoas foram detidas naquela noite. Nenhuma foi presa em flagrante. Uma delas, um garoto menor de idade, entrou junto com Piauí na viatura, com a cabeça sangrando.
A pergunta que cabe agora é se a polícia está satisfeita com esta vingança feita em homenagem ao Coronel Rossi? Só os acontecimentos porvir ajudarão a responder esta pergunta.
Indignação
Acho que os acontecimentos desta noite provaram também que não existe lado "mocinho" ou "bandido". No momento em que o rojão foi estourado, o protesto ia acabar e as pessoas iam se dispersar. Entretanto, a polícia resolveu instigar a violência. A revolta das pessoas em ver o Piauí sendo preso foi tanta que um número remanescente de pessoas, não mais do que vinte, resolveram ficar sentadas na faixa de pedestres da Avenida Paulista, em uma das faixas que ia sentido Consolação.
Uma coisa que notei foi o seguinte: quando as pessoas
Os carros, até então silenciosos, comeraçam a buzinar.
Indignação
Acho que os acontecimentos desta noite provaram também que não existe lado "mocinho" ou "bandido". No momento em que o rojão foi estourado, o protesto ia acabar e as pessoas iam se dispersar. Entretanto, a polícia resolveu instigar a violência. A revolta das pessoas em ver o Piauí sendo preso foi tanta que um número remanescente de pessoas, não mais do que vinte, resolveram ficar sentadas na faixa de pedestres da Avenida Paulista, em uma das faixas que ia sentido Consolação.
Uma coisa que notei foi o seguinte: quando as pessoas
Os carros, até então silenciosos, comeraçam a buzinar.
Orgulho de ser brasileiro - orgulho do quê?
Hoje a noite acordei assustado com um pesadelo que tive. Liguei o computador e me deparo com um "olá" de um desconhecido adicionado no meu facebook. Infelizmente, para aquele cidadão, o motivo dele acordar no mesmo horário que eu acordei foi outro. No caso dele, ele acorda todos os dias às 5h30 pra pegar onibus do Haddad e metrô do Alckmin pra chegar ao trabalho às 8h...
São duas horas e meia pra ir ao trabalho e provavelmente o mesmo tempo para voltar. Ao todo, são cinco horas do seu tempo social a menos com a família.
Vamos à matemática?
8h de sono
(+) 8h de trabalho
(+) 5h de trânsito
(=) 21 horas
Considerando-se que o dia (ainda) tem 24 horas de duração, sobram apenas 3 horas pra brincar com os filhos e passar o tempo com a esposa. São três horas para "criar" os filhos, ou seja, transmitir às criaturas que colocou no mundo os valores que aprendeu de seus ancestrais. Não sou anarquista, mas não me espanta o coro daqueles que tem suas queixas contra o Estado. Sou da geração dos anos 1980, época em que se dizia que o "Brasil não tinha dinheiro", bravata medíocre que hoje nem cola mais. E fica a pergunta: estes que falam que tem "orgulho de ser brasileiro" tem orgulho do que exatamente?
São duas horas e meia pra ir ao trabalho e provavelmente o mesmo tempo para voltar. Ao todo, são cinco horas do seu tempo social a menos com a família.
Vamos à matemática?
8h de sono
(+) 8h de trabalho
(+) 5h de trânsito
(=) 21 horas
Considerando-se que o dia (ainda) tem 24 horas de duração, sobram apenas 3 horas pra brincar com os filhos e passar o tempo com a esposa. São três horas para "criar" os filhos, ou seja, transmitir às criaturas que colocou no mundo os valores que aprendeu de seus ancestrais. Não sou anarquista, mas não me espanta o coro daqueles que tem suas queixas contra o Estado. Sou da geração dos anos 1980, época em que se dizia que o "Brasil não tinha dinheiro", bravata medíocre que hoje nem cola mais. E fica a pergunta: estes que falam que tem "orgulho de ser brasileiro" tem orgulho do que exatamente?
sexta-feira, 1 de novembro de 2013
Por quê o Brasil é tão caro
Artigo do editorial The Economist sobre a decadente economia brasileira.
http://www.economist.com/blogs/economist-explains/2013/09/economist-explains-15
http://www.economist.com/blogs/economist-explains/2013/09/economist-explains-15
terça-feira, 29 de outubro de 2013
sábado, 19 de outubro de 2013
sexta-feira, 18 de outubro de 2013
Sobre a "invasão" da Tok&Stok
Todo mundo viu que a Polícia cercou os manifestantes por trás e pela frente. A situação virou uma "panela de pressão" e, como tal, a válvula de escape tinha que ir para algum lugar. A ação da polícia foi totalmente mal planejada. As pessoas começaram a se sufocar e começaram a se aglomerar num muro da Tok&Stok enquanto a polícia disparou mais e mais gás.
Agora o Estadão escreve o parágrafo abaixo:
Now the editorial Estadão wrotes the paragraph below:
Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=i-GxPCtyCl0
Everyone saw that the police surrounding the protesters from behind and ahead. The situation became a "pressure cooker" and, as such, the exhaust valve had to go somewhere. The police action was totally poorly planned. People began to choke with the teargas and started to cluster in the wall of Tok & Stok store as the police continued to fired more and more gas.
Em dado momento, as grades cederam e as pessoas foram buscar abrigo dentro da loja. Os funcionários ficaram atônitos com a situação, mas AJUDARAM, distribuindo água e indicando o caminho de saída. Não houve invasão alguma na loja. Outros manifestantes até gritaram para não destruir a loja e ninguém fez absolutamente nada! A única culpada da situação é a da polícia.
At certain point, the railings gave way and people were seeking shelter inside the store. Staff were amazed at the situation, but HELPED, distributing water and indicating the way out. There was no invasion at any store. Other protesters shouted up to not to destroy the store and no one did absolutely nothing! The only guilty of the situation is the police.
Agora o Estadão escreve o parágrafo abaixo:
Now the editorial Estadão wrotes the paragraph below:
""Na manifestação de anteontem que terminou em confronto na Marginal do Pinheiros e culminou na invasão da loja de móveis Tok&Stok, porém, nenhum manifestante detido foi indiciado. Na confusão, policiais militares e mascarados entraram em conflito quando a passeata de estudantes da Universidade de São Paulo (USP) foi impedida de seguir até o Palácio dos Bandeirantes. Eles pediam eleição direta para reitor.""
"In the demonstration of yesterday that ended in confrontation in the Marginal Pinheiros and culminated in the invasion of Tok & Stok furniture store, but none detained demonstrator were charged. In the confusion, and masked demonstrators and the military police clashed themselves when the student demonstration from the University of São Paulo (USP) was prevented from following up to the Bandeirantes Palace. They demanded direct election of the rector. ""
Quem ainda não viu o vídeo desta situação, por favor assista e forme sua própria opinião. Estão inventando esta febre de "caos badernista" para desviar a atenção da população do escândalo do Metrô/Alckmin.
Those who has not seen yet the video of this night, please watch and form your own opinion. They are inventing this fever "anarchyst chaos" to divert population attention from the scandal of the Subway / Alckmin.
Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=i-GxPCtyCl0
quinta-feira, 17 de outubro de 2013
Um milhão pela educação
Na terça-feira, 15 de outubro, foi dia de mais um ato em prol de melhorias na educação de qualidade no Brasil. O ato iniciou-se às 18h no Largo da Batata, ao lado do metrô Faria Lima (Linha 4-Amarela) e saiu caminhando por esta avenida. Basicamente, a marcha era composta por dois blocos distintos: os black blocs e os movimentos sociais a favor dos professores, incluindo partidos como PSOL. Quando chegaram no cruzamento com a Av. Rebouças, as pessoas viraram de repente em direção à marginal pinheiros. A impressão que tive é que o pessoal dos partidos políticos queriam despistar os do black bloc, que iam na frente.
Mais adiante na av. Rebouças, uma concessionária de veículos teve os vidros da fachada quebrados. Houve uma confusão perto de um shopping, uma discussão entre um black bloc e um membro do PSOL. Não sei o que discutiram entre si, mas um black bloc jogou um saco de lixo na cabeça do cara do PSOL e a briga foi apartada pelo Vitor Araújo. Mais adiante, um policial que estava passando ao meu lado me perguntou se eu sabia para onde todos estavam indo (como se eu soubesse!).
Quando a marcha já estava na Marginal Pinheiros, houve confronto entre adeptos do Black Bloc e Polícia, instaurando-se assim, uma confusão generalizada. O que eu vi, basicamente, foram os black blocs iniciando o confronto, mas também achei que a polícia reagiu de maneira excessiva. As cenas mostram um grupo de 5 pessoas iniciando a confusão e a manifestação tinha cerca de 2500 pessoas foi proibida de prosseguir. Mister salientar que um dos temas da marcha, além da educação, era contra o Geraldo Alckmin.
A polícia fechou o cerco e começou a atirar granadas e bombas de gás lacrimogênio. Houve também fogos de artifício lançados pelos manifestantes. Eu não tinha a menor intenção de me misturar, mas quando ví os policiais vindo pelo posto de gasolina, espancando as pessoas sem motivo, não quis ficar por ali. Inclusive, um fotógrafo Yan Boechat, teve a sua câmera fotográfica destruída por um polícial militar, na maior sacanagem (leia o relato completo aqui: http://www.diariodocentrodomundo.com.br/a-liberdade-de-imprensa-segundo-13-policiais-o-relato-de-um-fotografo-espancado/).
As pessoas começaram a se sufocar, eu mesmo que estava com máscara de gás não aguentei por muito tempo, de tão espessa que era a fumaça. Todos se aglomeraram contra o muro de uma loja de móveis, a Tok & Stok. De repente, a grade cedeu, uma passagem se abriu e as pessoas, desesperadas, começaram a ir por esta passagem, tentando alcançar o estacionamento e o interior da loja, onde o ar era ainda "respirável".
Uma vez lá dentro, duas coisas me impressionou: em total solidariedade às pessoas que estavam manifestando, os funcionários começaram a distribuir água e indicar o caminho de saída. A outra coisa que me impressionou foi o total desprezo da polícia militar pelo valor da vida humana e à propriedade que insistiam em invadir. Eles começaram a jogar gás lacrimogênio na entrada do estabelecimento, as pessoas que já havia se acalmado começaram a se desesperar e a situação só não fugiu do controle quando o gerente da loja saiu pro lado de fora e proibiu os policiais de entrarem!
![](http://4.bp.blogspot.com/-EmTn_LOA8QE/U0t9BYRGNUI/AAAAAAAAAXo/nEiXW36dFVA/s1600/1239.jpg)
Cerca de 70 pessoas haviam sido presas. O que posso dizer sobre isso, é que as pessoas que a polícia prendeu não tinham nada a ver com vandalismo (tal como a grande mídia golpista tentou manipulativamente noticiar). As pessoas que eles prenderam eram gente de partido político, estudante universitário. Assista aos vídeos, tire suas conclusões, não deixe a Globo te pegar...
sábado, 12 de outubro de 2013
Sobre o aumento do IPTU
About the tax increase (IPTU)
Nenhum aumento do IPTU é justificável. Primeiro porque a medida foi estabelecida como "punição" contra a população (como se o fazendeiro deixasse de dar água aos pretos por reclamar de cansaço). E segundo, qualquer aumento de imposto não representa nem um mínimo de melhora em quaisquer serviços públicos e o motivo? Porque os corruptos desviam toda a grana antes que chegue ao destino correto.
Nenhum aumento do IPTU é justificável. Primeiro porque a medida foi estabelecida como "punição" contra a população (como se o fazendeiro deixasse de dar água aos pretos por reclamar de cansaço). E segundo, qualquer aumento de imposto não representa nem um mínimo de melhora em quaisquer serviços públicos e o motivo? Porque os corruptos desviam toda a grana antes que chegue ao destino correto.
No increase in property tax is justifiable. First because the measure was established as "punishment" against the population (as if the farmer decided to deny water to the black that has complained of tiredness). And second, any tax increase does not represent the minimal improvement in any public services and why? Because the corrupt divert all the money before it arrives at the correct destination.
3ª versão - 1 milhão pela educação
No dia 11 de outubro de 2013, ocorreu a terceira versão do ato "Um Milhão pela Educação". Apesar do nome que deram ao ato de protesto, a causa sequer atraiu mil pessoas. Estimo que no máximo umas trezentas compareceram no Theatro Municipal, onde ficou marcado o ponto de encontro. Adeptos do Black Bloc, alunos da USP e algumas minorias portando bandeiras do PCB - Partido Comunista Brasileiro estiveram na manifestação. Não notei se haviam professores no meio da marcha.
Na altura da av. Brigadeiro Luis Antonio, uma moça que fazia transmissão ao vivo começou a reclamar de ter sido empurrada por um policial militar. Houve uma comoção, mas que logo se encerrou. Uma vez na Av. Paulista os manifestantes ainda decidiram para onde iriam e houve uma votação. Apesar da decisão de ir em direção à casa do prefeito Fernando Haddad (PT), a manifestação seguiu sentido Consolação.
Na verdade, a esta altura dos acontecimentos, o contingente já não era nem metade do inicial, provavelmente em torno de 50 pessoas. O trânsito havia sido interrompido em várias ruas que cruzam a Av. Paulista. Logo mais, os policiais fizeram um cordão de isolamento e, aos poucos, foi "empurrando" a manifestação para a calçada (empurrando entre aspas porque eles não encostaram em ninguém).
A partir daí as pessoas voltaram para casa e a manifestação se encerrou. Confira o vídeo:
terça-feira, 8 de outubro de 2013
O dia em que viraram a viatura da polícia
No dia 7 de Outubro de 2013, o ato de protesto foi uma mescla de pautas e participantes. Comparecerm professores, bancários, ativistas de esquerda e adeptos da tática Black Bloc. Os temas eram a defesa da educação, apoio aos professores em greve no RJ, apoio aos bancários em greve em SP, desmilitarização da polícia, fim do estado e contra o capitalismo. Também houve palavras de ordem contra os governadores de SP e RJ, a Copa de 2014.
Uma aglomeração formou-se ao lado do Theatro Municipal de São Paulo. Entre bandeiras vermelhas e negras, cerca de 400 pessoas saíram pelas ruas do centro.
“O professor
É meu amigo,
Mexeu com ele,
Mexeu comigo.”
O trânsito ficou congestionado nos locais por onde os manifestantes passavam. Em determinado momento, a manifestação parou na Rua da Consolação, ao lado da praça Roosevelt. Segundo informações não confirmadas, uma outra manifestação havia partido do vão livre do MASP e o intuito era aguardar ali para juntar as duas manifestações e ir ate a praça da república, sendo este o destino final.
Entretanto, isto não foi o que aconteceu e esta outra manifestação já se encontrava no destino final. Quatro ônibus foram pichados com os dizeres: “Fora PT!”, “Abaixo a Ditadura!”, “Fogo na PM!” e “Luto pela Educação”. Uma senhora, que estava também se manifestando, chegou a dizer para as pessoas que estavam dentro de um dos ônibus: “ô pessoal, vocês nem parecem brasileiros, sai desse ônibus, vem lutar pelo Brasil”. Um homem esgueira sua cabeça para fora do ônibus a fim de assistir o que estava acontecendo. A mesma senhora lhe diz: “É bom o seu salário, né moço? Tá ganhando bem né? Você está vivendo num país bom”.
Ao chegar na praça da república, um total de cerca de 200 pessoas já estavam lá, e policiais militares também, posicionados em frente ao prédio da Secretaria de Educação de SP. Confira as imagens do vídeo abaixo:
Não se sabe ao certo o que começou a confusão, ou seja, se foram os manifestantes ou os policiais militares. Uns disseram que os policiais não aguentaram as palavras de ordem contra eles e iniciaram o ataque. Outros me afirmaram ter visto policiais à paisana atirando pedras contra a multidão. Um terceiro ainda me disse que viu um manifestante com uma mochila cheia de pedras, supostamente usadas para tal fim. Como sempre, por mais câmeras que existam nestas manifestações, é sempre difícil apurar qual foi a verdade. Ou, de repente, a verdade seja tudo isto, um ataque simultâneo.
Enquanto a multidão estava em frente ao prédio, foram disparados ao menos 6 cargas de gás lacrimogênio e 4 granadas (provavelmente de efeito moral, mas não é possível afirmar com precisão). A multidão rapidamente se dispersou, mas manteve-se nas redondezas. Pedras foram atiradas contra a formação de policiais que estava em frente ao portão do edifício público, mas eles se protegeram com escudos.
Eu mesmo fui vitimado pela nuvem espessa de gás que se formou no centro da praça, enquanto tentava registrar este momento. Aguentei o máximo que pude e depois saí correndo, como outras pessoas. Para quem não conhece os efeitos deste tipo de arma, explicarei: você não consegue respirar; é como se fumasse ao mesmo tempo 50 cigarros, e alguém te jogasse molho de pimenta no rosto. Seus olhos começam a piscar e fica um gosto ruim na boca. Para me livrar desta sensação, lavei a boca com um pouco de água que havia levado.
Em seguida, uma formação quadrilateral de policiais continuou no centro da praça. À medida que os manifestantes se dispersaram, reagruparam-se entre grupos que, segundo a impressão que tive, assumiram para si propósitos diversos. Um grupo confrontou a polícia, atirando-lhes pedras, fogos de artifícios, e coquetéis molotov. Outro arrastou para o centro da Av. Ipiranga entulhos, lixos e objetos em geral que estavam nas calçadas aguardando coleta e incendiados em seguida. Teve um conglomerado de pessoas que posicionou-se para bloquear o trânsito da via e, ainda, um quarto conglomerado que saiu pela avenida quebrando bancos, restaurantes e instalações públicas em geral.
No meio do confronto, uma senhora insistiu em seguir seu caminho pela praça, mas as pessoas insistiam em dissuadi-la de continuar, na certeza de que seria ferida se o fizesse. Em pelo menos duas situações a polícia foi acuada pelas pessoas. Os portões da estação do metrô República foram fechados. Um homem com megafone gritava “resistir, resistir, resistir”. O trânsito que ainda restava na Av. Ipiranga ficou desordenado, inclusive, um taxista quase atropelou alguém. Uma agência do Santander e um restaurante McDonald’s foram os primeiros alvos dos manifestantes.
Em certo momento, enquanto os manifestantes seguiam pela Av. Ipiranga, uma formação de policiais militares foi orientada a seguir pela R. Barão de Itapetininga, onde não vi manifestante algum... erro tático da gestão de segurança pública???
Conforme a multidão caminhava, os estabelecimentos comerciais que ainda estavam abertos optaram por fechar as portas. Já na altura da Av. Rio Branco, uma outra agência do Santander e uma do Bradesco foram destruídas. Nessa mesma via, um supermercado Extra também foi quebrado. Três pessoas se posicionaram em frente a um mercadinho, no intuito de alertar os demais a não fazer nada contra este estabelecimento. Em suma, tudo o que era banco e franquia de grande marca foi depredado. Os pequenos estabelecimentos, poupados. Houve ainda uma situação em que vi uma viatura da polícia civil ser quebrada e virada de ponta-cabeça, mas quando um manifestante ameaçou de fazer o mesmo com o automóvel de um particular, o restante da multidão o impediu.
O vídeo a seguir mostra o inicio da confusão até o momento em que os manifestantes foram dispersados finalmente de vez:
O vídeo a seguir mostra o inicio da confusão até o momento em que os manifestantes foram dispersados finalmente de vez:
A grande mídia foi categórica em culpar os adeptos do Black Bloc por tudo, criminalizando as manifestações de rua, chamando-os de vândalos, etc. Fiquei 40 ou 50 minutos atrás dos manifestantes filmando e fotografando tudo. Ao voltar para a praça da república, notei que o um efetivo de policiais pareceu ser o mesmo ainda posicionado no local. A polícia teve todo o efetivo necessário para coibir os prejuízos ocorridos naquela noite. Vi situações em que os manifestantes estavam indo para um lado e a polícia para outro.
Na minha opinião, a polícia deixou que os manifestantes saíssem livres pelas ruas do centro da cidade, a fim de criar um fato explorável pela grande mídia golpista e que também pudesse ser aproveitado politicamente pelo Geraldo Alckmin, o qual tem sido beneficiado por uma mudança de escândalos nas primeiras páginas dos jornais. Até agora, ele não deu quaisquer justificativas sobre o escândalo da fraude do metrô. O único beneficiado por este fato foi o Alckmin. De fato, a partir deste dia, a população passou a vê-lo como um “mal necessário”, um partido politico “tolerável”, ao passo que, o “intolerável” não é mais a corrupção na política, da qual o povo se revolta contra, mas sim estes “vândalos e baderneiros mascarados” que quebraram vidros e botaram fogo em lixo. Não estou dizendo que a violência não deva ser reprimida. Mas convenhamos, o que é uma janela quebrada de um banco, o que é uma lixeira de rua feita de plástico sendo incendiada perto do que é roubado do erário público, nos altos escalões do governo???
Em que se pese que a Polícia Militar é uma instituição subordinada à Secretaria de Segurança Pública, e que o chefe desta repartição é um cargo de comissão subordinado ao governador do Estado, acho plausível que a polícia tenha iniciado mesmo o ataque, na expectativa de ocorrer este cenário, uma vez que a bandeira deste “movimento” é justamente o que eles chamam de “ação direta”, sem esperar, no entanto, que justamente seu maior inimigo fosse o maior beneficiário.
Confira algumas fotografias tiradas durante o ato:
Uma curiosidade da noite: ao voltar para a praça da república, havia uma comoção em torno de uma mulher que havia sido atropelada por outras pessoas. Ela estava confusa e aparentemente havia perdido a memória. Um policial militar, indignado, e em tom de desabafo, chega para mim e diz: "dizem que PM não estuda, pqp, essa mulher nem sabe falar direito!"
Confira algumas fotografias tiradas durante o ato:
Uma curiosidade da noite: ao voltar para a praça da república, havia uma comoção em torno de uma mulher que havia sido atropelada por outras pessoas. Ela estava confusa e aparentemente havia perdido a memória. Um policial militar, indignado, e em tom de desabafo, chega para mim e diz: "dizem que PM não estuda, pqp, essa mulher nem sabe falar direito!"
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