sábado, 25 de janeiro de 2014

Manifestantes acampam no vão livre do MASP

Antes da manifestação contra a Copa agendada para hoje às 17h, cerca de 60 pessoas resolveram se antecipar e se reuniram no vão livre do MASP no início da madrugada. Lá, armaram barracas e afixaram vários cartazes com dizeres contra a Copa. Houve panfletagem.

Foi criada também uma página no Facebook, cujo link é: https://www.facebook.com/pages/Ocupa-masp/509830319137278?fref=ts

Segundo conversas que tive no local, a ideia é fazer uma ocupação assim no local do ponto de encontro antes de cada manifestação que for realizada neste ano.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Tiranossauro











segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

"Vítima da PM"

Complementar ao post anterior, ainda se preserva o costume de homenagear vítimas das elites econômicas e do poder público em lugares de circulação de pessoas. Na foto, uma pichação na calçada da Av. Paulista lembra os pedestres de um espancamento covarde perpetrado pela polícia no início da noite do Sete de Setembro Negro.





quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Arqueologia em Joanópolis

Hoje foi dia de revisitar Joanópolis com a finalidade de explorar uma trincheira feita durante a revolução de 1932 com a minha mais recente aquisição: um detector de metais.

Já há muito tempo eu tenho conhecimento desta trincheira que, aliás, muitos moradores de Joanópolis mesmo nunca ouviram falar e nem sabem que existe. Esta cidade fica na fronteira com Minas Gerais e foi palco de guerra. Meu intuito, desta vez, foi procurar encontrar vestígios de batalha, mas, como em muitos lugares, sequer houve uma batalha.



Na imagem acima eu apareço utilizando o detector de metais. Esta imagem dá uma idéia da proporção da trincheira que deve ter erodido com o tempo. Passados quase 82 anos, o capim ainda conserva o que restou do formato dela.




No lugar onde estou de pé nesta foto está Minas Gerais. A trincheira tinha 3 níveis, além de uma área escavada que fica do outro lado da cerca à direita, que fica em São Paulo. Esta área escavada provavelmente servia como local de descanso, cozinha, armazenagem de suprimentos e área de planejamento.











No final tudo que encontrei foi esta colher, provavelmente descartada naquela época porque estava quebrada ao meio.

Capelinhas de beira de estrada

   


   

As capelinhas podem indicar duas coisas: ou alguém foi morto por acidente ou assassinado numa emboscada. Costume de gente antiga.

Nos tempos antigos não se saía às ruas para protestar como hoje, sobretudo no interior do país. Todo mundo já deve ter visto uma casinha na beira de uma estrada como estas que aparecem nas fotos. São capelinhas, erigidas em homenagem a alguém que foi brutalmente assassinado no local.

Eram uma forma de protestar da época, pois foram construídas no local da emboscada, cujo propósito era ficar a vista de todos que passavam no local, além de denunciar um crime hediondo não solucionado que aconteceu ali, e que não deveria ser esquecido ou ignorado pela população.

Os motivos são bastante variados e muto difíceis de investigar, quase sempre apelando-se para o conhecimento popular/local. Um motivo muito frequente que tenho notado são as rixas entre fazendeiros, em que um dos lados decidia tomar as terras dos outros mediante assassinato covarde, e tinham condições de subornar o poder público, comprar juízes e oficiais da força policial.

O assassinato também marcava uma mudança na estrutura de relação de poder entre povo e elite, uma vez que a família do vitimado, esposa e filhos, viam-se desprotegidos e forçados a mudar de local. Além disso, as capelinhas denotavam o respeito e carisma da população por um líder antigo, em detrimento do novo poder econômico que se impunha.

Uma vez que o país inteiro tem capelinhas como estas, por meio delas observa-se também a história da corrupção, da impunidade, do suborno e da ganância ao longo dos tempos, protestos que não se apagam e atravessam as décadas...



In ancient times people didn't used to go to streets to protest like today, especially in the countryside. Everyone must have seen a little house on the side of the road like these ones in the photos. These are little chapels, built in honor to someone who was brutally murdered on the spot .


They were a form of protest at the time, because they were built on the site of the ambush , whose purpose was to get the views of everyone who passed on the spot , besides denouncing a heinous unsolved crime that happened there, and that should not be overlooked or ignored by population.

The reasons are quite varied and weren't hard to investigate , often appealing to the popular/local knowledge . A very common reason that I have noticed are the feuds between farmers on one side decided to take the land of others by cowardly murder, and could afford to bribe the government, buying judges and officers of the police force.

The assassination also marked a change in the structure of power relations between people and the elite, since the victim 's family, wife and children, would found themselves unprotected and forced to change locations. Furthermore, denoting respect chapels and charisma of the population to the former leader over the new economic power that imposed itself.

Once the whole country has chapels like these, through them it is also possible to observe the history of corruption, impunity, bribery and greed along time, complaining that never fade and go through the decades...