sábado, 28 de setembro de 2013

General Patton Jr.: lições de um estrategista da 2ª Guerra para os dias de hoje.



Adoro história militar. Boa parte da Administração contemporânea tem muito a dever às forças militares em vários aspectos, por exemplo, liderança, estratégia, gestão de recursos, treinamento... toda a noção existente atualmente desses conceitos vieram dos meios militares.

Justamente por isso, adoro história militar, sobretudo das 1ª e 2ª Grandes Guerras e Guerra Fria.

Toda vez que você passar na frente de uma loja 24 horas, lembre-se deste nome: General George S. Patton Jr. Ele praticamente inventou este conceito de serviço que funciona sem interrupção, ou se você preferir, uma “guerra 24 horas”.

A fama e a reputação de Patton nasceu logo após o desembarque das primeiras tropas americanas em Marrocos, logo após eles combaterem os alemães pela primeira vez. Os auxiliares de Rommel julgaram que os americanos estavam mal equipados e mal treinados para a guerra e que logo desistiriam de lutar contra os alemães, na campanha do Afrika Korps.

Patton primeiro incumbiu-se do “moral” da tropa, obrigando a todos a se vestirem adequadamente para a guerra. Todo soldado que não fizesse as refeições dentro dos horários permitidos ficavam sem comer até o horário seguinte. Também aplicou multas para soldados que não estivessem usando todo o equipamento militar. Quando Patton mandou os médicos usarem o capacete, um deles retrucou “como vou usar o estetoscópio com o capacete na cabeça” e Patton respondeu “faça dois buracos no capacete, um em cada lado, mas jamais tire o capacete da cabeça, pois você é também um soldado e deve dar o exemplo”. Na opinião dele “eles não se aparentam como soldados, não agem como soldados, como vocês podem esperar que sejam soldados”, disse uma vez.

Muita atenção foi dada pela maneira rígida que tinha de gerenciar as tropas. Houve também uma ocorrência em que chegou a esbofetear um soldado na cara dentro de um hospital de campanha, quando este estava sofrendo de um “ataque de nervos”. Chamou o soldado de covarde e o caso foi parar na mídia, e depois na mesa de Eisenhower, o comandante supremo das forças aliadas. Este último mandou Patton pedir desculpas publicamente e na frente das tropas. Mas nem isso abalou nem um pouco a fama do general, que era visto com admiração pelas famílias americanas, apesar dos soldados que estavam em combate o achar como um sujeito que estava disposto a trocar a vida dos soldados pela glória da vitória.

Patton estava preocupado em vencer a guerra. Já era um vencedor antes mesmo de entrar em combate. Estudioso da história militar, ele previu com sucesso que a operação do Dia D não duraria apenas algumas horas, como havia sido previsto inicialmente, mas acabaria encontrando obstáculos naturais, formados por plantas que cresciam de maneira selvagem há séculos em torno da costa da Normandia.

Referenciado como “Old gut and bloods”, Patton tirou as forças aliadas de diversas situações embaraçosas, planos mal formulados, exigindo dos soldados o máximo de empenho nas campanhas. Seu sonho era combater o exercito vermelho. E provavelmente teria êxito em combater o comunismo, se os políticos em Washington não o tivessem detido.

Mas o que exatamente está por trás do prestígio da imagem de Patton? A resposta a esta pergunta está no fato, não apenas dos números impressionantes (resultados), mas em como ele foi capaz de obter sucesso e a receita é simples. A linha de frente tinha que receber duas coisas: apoio aéreo e os suprimentos (alimentos, combustível, remédios, veículos, munições, etc) pela retaguarda. O que Patton fez foi manter esse abastecimento logístico constante. Durante a guerra, ficou nítido, não só para ele, mas também para o general Bradley (apelidado de “general soldado”) que era vital manter o front de batalha em constante abastecimento de materiais, para que pudesse avançar. Na verdade, Patton foi além: chegou a dividir a tropa em turnos, enquanto um turno descansava, outro lutava.

A frase “o exército marcha sobre os estômagos” (de autoria de Napoleão Bonaparte sintetiza que o exército deveria levar consigo a própria comida ao invés de obrigar o soldado a roubar alimentos dos povoados que conquistava) chegou a ser “adaptada” por Patton na seguinte forma “o exército marcha sobre a logística”.

Patton não criou a logística, mas a aplicou no exercício da guerra. A noção de uma cadeia de suprimentos abastecerem constantemente uma indústria ou estar disponível à realização de um serviço essencial no esforço de guerra foi uma concepção que nasceu de uma evolução na mentalidade administrativa americana durante o esforço de guerra. No início da guerra, os americanos não tinham aviões, tanques e toda sorte de equipamentos necessários para entrar na guerra e, como se não bastasse isso, além de ter sido pegos de surpresa no ataque de Pearl Harbor, tiveram que abastecer outras nações aliadas, como a Inglaterra e o governo da França e da Polônia no exílio, e depois a Holanda, Itália e Áustria. Este desafio demandou um novo tipo de esforço, tanto que a mulher americana passou a ser contratada nas indústrias e campanhas do tipo “Do It Yourself” passaram a ser postas em prática para que as mulheres agissem como operárias e executoras de serviços braçais aos quais antes não estavam acostumadas a fazê-lo. Alinhado a isso, a indústria americana, abastecida com dinheiro do governo, e contratadas para atender as demandas do Exército americano, demandou tanta matéria prima que as estradas de ferro e de rodagem ficaram cheias de veículos que abasteciam as indústrias ininterruptamente. Patton simplesmente aplicou a idéia na guerra, mas ao fazê-lo, inventou um novo conceito até então não existente.


A contribuição de Patton o tornou temível entre os nazistas, cuja indústria não era tão eficiente como a americana, além dos generais nazistas terem que digladiar com Hitler sobre o destino dos recursos, cada vez mais escassos, durante as campanhas das forças do eixo.

Ato contra os Embargos Infringentes do STF, Urnas Eletrônicas, PT e PSDB [27.09.2013]

O ato de protesto ocorrido no dia 27 de Setembro de 2013 teve como pauta a melhoria no processo de votação pelas urnas eletrônicas e contra os embargos infringentes admitidos pelo STF no julgamento dos condenados pelo mensalão. A marcha foi apartidária e, por isso, também foi contra os partidos PSDB e PT. As pessoas saíram do vão livre do MASP, desceram pela Rua da Consolação e rumaram em direção à região da Sé. Em frente ao diretório do PT – Partido dos Trabalhadores – proferiram palavras de ordem contra o governo federal e municipal.

The act of protest occurred on September 27, 2013 had as agenda the improvement of the voting by electronic ballot boxes and embargoes against the infringers admitted by the Supreme Court in the trial of convicted the “Mensalão” process. The march was nonpartisan and therefore was against the PSDB and PT parties. People came out of the clearance area of the MASP, went down the Consolação streetand headed toward the region. In front of PT directory (PT - Workers Party in Portuguese) they uttered slogans against the federal and municipal government.



No meio do trajeto um homem mascarado soltou duas bombas. Segundo relatos dentre os que compunham a marcha, ninguém o conhecia e suspeitavam de ser um “P2”, ou seja, um policial militar infiltrado, tentando iniciar briga ou, no mínimo, dar motivos para que a polícia coibisse a marcha de prosseguir caminho. Fato é que este indivíduo foi levado até uma calçada, onde vários policiais com escudos formaram uma proteção ao seu redor. Uma vez em segurança, este homem ainda permaneceu mascarado, foi levado às viaturas que seguiam os manifestantes e nada se soube a seu respeito. Na verdade, eu mesmo não me sinto em condições de afirmar ou contestar nada. Rito ordinário da polícia, conhecido por todos aqueles que são bons observadores, é desmascarar o manifestante, algemá-lo e inclusive relatar a qual delegacia policial está sendo levado. Ninguém foi relatado sobre nada.

In the middle of the way a masked man dropped two bombs. According to reports of those who composed the march, nobody knew him and this man is suspected of being a "P2", ie, an undercover police officer, trying to start a fight or at least give reasons for the police to restrain the protest. Fact is that this guy was taken aside to the sidewalk, where several police officers with shields formed a line around him. Once in safety, this man still remained masked, and he was taken to the police vehicles that followed the protesters and nothing else was known about him. In fact, I myself do not feel able to affirm or deny anything the allegations of the protesters, regarding the possibility of him to be an P2. Ordinary rite of the police, known to all those who are good observers, the demonstrators are exposed, handcuffed the detained and even tell others were the arrested (which police station) is being taken. No one was reported about nothing.





Já na Av. Liberdade, a marcha parou em frente da Casa de Portugal, onde ocorria um evento em apoio ao Emidio de Souza, presidente do PT em São Paulo. As pessoas resolveram parar ali, onde, mais uma vez, deferiram palavras de ordem contra este partido. Até então, e somente após o encerramento do ato é que foi descoberto que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estava discursando quando a multidão ao lado de fora começou a manda-lo tomar no cu. Segundo o editorial G1, o ministro da saúde, Alexandre Padilha, que também estava no evento, teria instigado os militantes do PT a responder a revolta, havido dito a eles que ninguém ali tinha que "aguentar desaforo de ninguém".

As protesters reached the Liberdade avenue, the march stopped in front of the House of Portugal, where an political meeting, in support of Emidio de Souza, president of the PT in São Paulo, was occurring. People decided to stop there, where, once again, were uttered slogans against this political party. Until then, and only after the end of the protest, no one knew the former President of Brazil, Luiz Inacio Lula da Silva, was speaking when the crowd outside began to send him to take in the ass. According to the editorial G1, the current Health Minister, Alexandre Padilha, who was also at the event, had instigated the members of the PT to answer the revolt, and the audience was told that nobody filliated  in the party had to "endure crap from anyone."

O transito ficou parado na Av. Liberdade entre 10 a 20 minutos. Motoristas cansados de esperar pela liberação das vias começaram a buzinar nos dois sentidos da avenida. A confusão começou quando um avançou sua motocicleta para cima de pelo menos três manifestantes. Outros manifestantes tentaram ainda fazer com que o motoqueiro descesse da motocicleta, tentativa esta da qual tive a impressão de que entrega-lo-iam aos policiais, mas estes entenderam que estava ocorrendo ali uma tentativa de agressão. Ao invés de deter em flagrante o motoqueiro, a polícia protegeu-o, permitindo que ele escapasse. Foi assim que a confusão se instaurou.

The traffic was stopped on Liberdade Avenue between 10 to 20 minutes. Tired of waiting to release the traffic, drivers began honking in the two-way avenue. The confusion began when a motorclycle driver decided to run his vehicle over the protesters, and hit at least three protesters. Other tried to hold him, in an attempt of which I had the impression that they would give him to the police, but they understood that an attempt of assault was happening. So, instead arresting the hit runner, what the police did was in fact to cover him up, allowing him to scape. That's how the confusion has started.




Em seguida, boa parte dos manifestantes se dispersaram. Alguns desceram pela Rua Barão de Iguape. Houve ao menos duas explosões, sem ser possível confirmar se foram granadas atiradas pela polícia ou artefatos trazidos por algum manifestante. Enquanto os policiais se aglomeraram para formar um agrupamento, um garoto agitava uma bandeira negra. Carros avançavam sobre todos e saiam em alta velocidade. A situação era de caótica.

Then, most of the protesters dispersed. Some runned down the Baron of Iguape Street. There were at least two explosions, without being able to confirm if they were grenades launched by the police or artifacts brought by a protester. While the police have gathered themselves to form a group, a boy was waving a black flag. Cars started to advance over everybody in speed. The situation was chaotic.

Na rua Galvão Bueno, um rapaz foi detido pela policia. Ao menos 10 policiais o golpearam com cassetete. O rapaz caiu no chão e teve cortes na cabeça. A impressão que tive é de que os policiais só param quando alguém começou a gritar “pára, ele se entregou”, e também quando chegaram os "ninjas". Ainda sangrando, foi jogado contra a parede e um major da PM o mandou tirar a máscara (lembra do que escrevi acima?). Em seguida ele foi algemado e conduzido a uma viatura estacionada na Av. Liberdade. Segundo este mesmo major, o rapaz foi detido por portar uma viga de madeira. Uma vez estando na Av. Liberdade, outros manifestantes fizeram um apelo para que ele fosse levado ao hospital, e numa ambulância, uma vez que o sangue abundante que estava jorrando de sua cabeça aparentou ser ferimento de traumatismo craniano. Segundo informações prestadas pelo GAPP – Grupo de Apoio ao Protesto Popular, este rapaz foi levado numa viatura da PM sim, mas o conduziram a um hospital naquela noite.

In the Galvao Bueno street, a young man was arrested by police. At least 10 police officers were beat him with batons. The boy fell to the ground and had cuts on his head. The impression I got is that police only stop when someone started yelling "stop, he’s surrendered" and when the “ninjas” came (“ninjas” – people from the alternative media that broadcast online with cellphone). Still bleeding, the arrested was was thrown against the wall and a major from the MP told him to take off the mask he was using (remember what I wrote above?). Then he was handcuffed and led to a parked car of the police on Liberdade Avenue. According to the same major, the guy was arrested for possessing a wooden beam. Once we’re back in Liberdade Av., other protesters have asked for him to be taken to hospital in an ambulance, since the abundant blood was gushing from his head wound, and it appeared to be head trauma. According to information provided by GAPP - Support Group for Popular Protest , this guy was in deed taken from a vehicle MP, but led to a hospital that night.

Além desta prisão, houve também de uma outra, um artista detido após ter sua sacola revistada pela polícia. Dentro da sacola foi encontrado um spray de tinta. Questionado pela polícia se o rapaz era "pixador", o detido negou e afirmou ser artista plástico. Foi algemado e levado a uma delegacia policial numa viatura. As pessoas ali presente repudiaram a detenção, em face de que ele não tinha pichado nada, não houve flagrante, e, embora os policiais reconheceram isto na hora, resolveram levá-lo mesmo assim. Sabe-se que foi solto mais tarde naquela noite.

Apart from this prison, there was also another, a detainee after his bag was searched by the police. Inside the bag it was found a spray paint. Asked by police if the guy was "graffiter", the detainee denied and claimed to be an artist. He’s handcuffed and taken to a police station too. People present there repudiated the arrest, given that he had not tarred anything, no crime was committed by him and, although the police recognized it at the time, they decided to take him anyway. It is known that he was released later that night.



A esta altura, a manifestação já estava praticamente acabada, senão pelos poucos manifestantes que ainda restavam e resistiam em bloquear o trânsito e prosseguir com a marcha. Foi o momento em que centenas de militantes do PT saíram da Casa de Portugal e começaram a agredir as pessoas gratuitamente. Em ato de legítima defesa, os manifestantes agredidos por esses esquerdistas radicais e comandados pelo aspirante a ditador Lula, responderam às agressões, defendendo-se como podiam. Uma briga se iniciou. Num primeiro momento, os policiais interviram para apartá-la. Entretanto, e em total conluio com o sistema totalitário atual e em vigor, os policiais começaram a perseguir os manifestantes, agredindo-os, e também aos advogados ativistas que acompanhavam os manifestantes.

At this point, the manifestation was practically finished, except for the few demonstrators who still remained and resisted in blocking traffic and continue the march. It was the time when hundreds of members of the political party PT has left the House of Portugal and started beating people for nothing. In an act of self-defense, the protesters attacked by these radical leftists and commanded by aspiring dictator Lula, have responded to attacks, defending themselves as best as they could. A fight has begun. At first, the police intervened to detaching it. However, and in complete collusion with the current and in force totalitarian system, the police began chasing demonstrators, beating them, including the activists attorneys who accompanied the protesters.




Ao final da noite, o editorial “Folha de S. Paulo” noticiou manipuladoramente que a manifestação ocorrida foi somente contra os Embargos Infringentes e contra o Alckmin, sem mencionar que foi também contra o PT e a "presidenta" Dilma Rousseff...

At the end of the night, the editorial "Folha de S. Paulo" has manipulated reported that the demonstration was held only against the Embargoes Infringers admitted by the Supreme Court in favor to the “mensaleiros” and against the governor of State of São Paulo, Geraldo Alckmin, without mentioning that it was also against the PT and the president Dilma Rousseff...

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Cuidado com o golpe de vendedores de Herbalife

Não se trata de um golpe propriamente da marca Herbalife, mas de pessoas que revendem estes produtos. Basicamente funciona assim: o vendedor de Herbalife põe anúncio de emprego e chama o candidato a uma entrevista. O vendedor age rápido: ele liga ao candidato logo cedo, às 9h e pergunta se ele estaria disponível a uma entrevista no mesmo dia, às 12h. Ainda no telefone, o vendedor descreve rapidamente a vaga, dentro do perfil que ele identificou ser de interesse do candidato. Como o candidato está desempregado, atende prontamente a solicitação, pede endereço e se compromete a comparecer, praticamente correndo para se vestir e ir até ao local. Portanto, sobrou pouquíssimo tempo para investigar sobre a empresa.

No caso acima, a oportunidade seria para trabalhar como gestor de uma equipe de uma empresa no ramo automobilístico. Uma vez no local, o “recrutador” questiona sobre a família, amigos, entre outros. De início quase nem parece uma entrevista, mas quase uma conversa informal. Aqui o “recrutador” tem o interesse em fazer o candidato se sentir confortável e mensurar a rede de contatos dele.

Após cerca de uma hora, o “recrutador” informa que o candidato não tem perfil para a vaga que ele está oferecendo ali. De maneira estranha ao costume da maioria das empresas, o feedback é dado na hora. Na verdade, o “recrutador” nem possui uma vaga a oferecer. Ele chamou o candidato ali para ser seu parceiro revendedor de Herbalife.

Logo após dar o feedback o vendedor diz algo assim: “você não tem o perfil da vaga, mas considero-o mais que adequado a uma outra coisa que tenho certeza que você achará melhor”. Assim, ele discursa por mais outra hora, até abrir o jogo.

Estranhei o lugar em que estava. Cheguei vestido de terno e gravata numa pequena revendedora de autopeças e o lugar era totalmente suspeito. Toda a “entrevista” se deu dentro de um depósito de coisas velhas. Atrás do vendedor havia uma estante com um monitor de PC antigo, peças de carro e o lugar era escuro. Na cena duas coisas se destacavam: duas caixas com um símbolo verde, com três folhas de planta. Era o logotipo da Herbalife. Enquanto o falso recrutador enrolava o meu amigo na conversa, uma hora ele o confrontou e disse: “você está me propondo o negócio do Herbalife?”

Surpreso, o vendedor confirmou sua real intenção. Meu amigo, que nem é consumidor desse tipo de produto, pensou em se ver livre logo daquele lugar e bolou uma estratégia: como vendedor de Herbalife não pode vender para cliente de outro vendedor, meu amigo disse que já conhecia a marca e era comprador da irmã, fato este inverídico.

Imobilizado, o próprio vendedor terminou a conversa instantaneamente.

No caso do meu amigo, voltou para casa desapontado, se sentindo um lixo, um misto de desânimo e alegria: o primeiro por não ter ido a uma entrevista de emprego de verdade e o segundo por pelo menos não ter saído de casa para cair num golpe. Cogitou chamar a polícia e fazer um pequeno escândalo. Mas como sabia no seu íntimo que nada aconteceria, resolveu esquecer o assunto.

O marido da minha prima também já passou por um caso idêntico. Como se não bastasse a pessoa estar desempregada e, portanto, numa situação de extrema aflição, é horrível constatar que há pessoas de extremo mal caráter ao ponto de tentar um golpe sobre uma pessoa que está à beira de um desespero.

Amigos: esquivem-se de promessas fáceis. Deus ajuda àquele convicto ao trabalho árduo. Agradeça pelo cansaço que sente no dia a dia, pois ter um emprego é uma benção. Muitos ainda estão para ser abençoados e correm risco de cair numa larápia dessas. Se acha absurdo o que eu digo, deem uma boa olhada nesta página, cujo depoimento me comoveu muito:

http://herbalifenao.blogspot.com.br/2008/01/minha-histria-minha-histria-comeou.html

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Pecuinhas organizacionais: os efeitos de quem não "veste a camisa da empresa"

A parte mais difícil que profissionais sérios, comprometido com os objetivos da empresa e com o cliente por ela atendido, são ter que dar conta daquilo que nomeio ser “pecuinhas organizacionais”.

Pecuinhas organizacionais são todo o tipo de fenômeno negativo existente dentro de um ambiente organizacional, cuja frequência da sua ocorrência tem por motivos mesquinhos e antiprofissionais, e independem da vontade de uma liderança séria e capaz.

Elas ocorrem porque há pessoas não interessadas nos objetivos da empresa, as quais, ao invés de contribuir para o bom andamento dos processos internos, preferem assumir um papel negativo no sentido de atrapalhar o andamento do labor alheio e próprio, dificultando a resolução dos assuntos corporativos e causando mal-estar no ambiente e cultura organizacional.


Os elementos básicos de uma pecuinha

A origem delas quase sempre decorre de motivos mesquinhos, ou seja, motivos bem particulares. Há sempre um agente e uma vítima. Para que o plano do agente logre sucesso, pode ser necessário também um precursor. É fato, nenhuma pecuinha surge espontaneamente, mas como produto de uma longa e profunda reflexão por parte do agente que decidiu iniciar a condução dos fatos que a iniciam. Para que a pecuinha se inicie, são necessários os seguintes elementos:

- O agente: pode ser uma ou mais pessoas. Elas podem divergir com relação ao método do emprego das ações, mas são convergentes no objetivo. Quando os agentes se orquestram pluralmente, apenas contam o plano somente a quem necessita saber.

- A vítima: é o funcionário-alvo do ataque. No geral, é uma pessoa invejada e com ótimas qualidades profissionais. A vítima pode tanto gozar de grande influência junto ao gestor da empresa ou equipe ou tem potencial para tal. A vítima pode assumir perfil bastante diverso, mas, obrigatoriamente tem que ter qualidades profissionais que suscite a inveja de outros, ao ponto de despertar a ira. É uma característica mandatória da vítima, até porque, se ela não fosse profissional qualificada bem acima das expectativas, não bastaria muito esforço para o gestor demitir uma pessoa que pouco contribui para a empresa.

- O motivo: o motivo, por vezes, obedece ao ensejo muito íntimo no agente. Entretanto, se a pessoa possui colegas em que ela confia, estas pessoas irão saber as motivações, pois, no geral, ao mesmo tempo em que a motivação é secreta e tem por objetivo mantê-la assim, o agente tende a contar ou dar elementos suficientes a terceiros em que ela confia sobre o plano. Um aspecto importante é que o agente, quase sempre, e em algum momento irá se vangloriar dos seus “feitos”. Portanto, existe aqui a possibilidade de conhecer a motivação do agente. Quando se trata de múltiplos agentes, conhecer o motivo pode ser um pouco mais difícil, pois um tem a liberdade de “desabafar” ao outro e fechar um circulo entre si.

- O plano: o planejamento se inicia em conjunto com o motivo e é potencializado pela capacidade de maldade das pessoas. Vai depender do método. Em geral, e por motivos óbvios, o plano não é algo escrito, mas, quando observado os seus elementos, é possível deduzir o modus operandi do agente e o que ele visa conseguir. Aqui, o gestor teria que ter uma grande capacidade de ser perspicaz com relação aos fenômenos dentro da empresa.

- Percussor: é alguém que faz parte do plano e contribui com o agente, mas o faz involuntariamente. O percussor pode ou não existir. No geral, ou é alguém de grande influência dentro da organização, ou é alguém que pertence a uma instância superior a do agente. Trata-se de uma pessoa com capacidade de dar direcionamento à empresa, de influenciar na tomada de decisões da mesma. Ao mesmo tempo em que o percussor é requerido à execução do plano do agente, a ele nada é revelado. O agente tem que mascarar seus interesses para influenciá-lo nas decisões.



A execução

Muitas vezes, a vítima demora em perceber tornou-se alvo de determinada incursão até a culminação dos fatos. Em suma, o funcionário-agente deixa de assumir postura proativa e passa a conduzir ações no sentido de causar um efeito diverso daquele que é interessante para a empresa. Assim como a física nos ensina que dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço, é importante reparar que um agente com esse tipo de interesse vai se posicionar de maneira bipolarizada: ou ele se preocupa com os assuntos que demandam a sua atenção no ambiente de trabalho, ou ele trata de lidar com assuntos de interesse particular com relação à pessoa da qual ele se incomoda. Não há possibilidade de uma pessoa se preocupar com a empresa e com pecuinhas ao mesmo tempo. Embora não haja pesquisa sobre o assunto, no geral, dentre os efeitos buscados por funcionários desse tipo estão:
- Causar desmotivação ao próximo;
- Conturbar o ambiente de trabalho ou atrapalhar um atendimento ao cliente para jogar culpa no outro;
- Produzir ou colecionar provas contra a organização para depois pleitear vantagem pecuniária;
- Seduzir pessoas no ambiente de trabalho para induzir situações ao seu favor, usando-se de apelos emocionais-afetivos propositais para construir falsa paixão amorosa e, a partir daí, construir uma relação supra-profissional ou informal que influencie um superior na tomada de decisões contra colegas de trabalho que o agente detesta;
- Constranger o próximo, no intuito de causar vexame até que a vítima desista de trabalhar na empresa;
- Sumiço de coisas da empresa ou pertences da vítima, no intuito de causar dano emocional ou contra ela jogar culpa;


A listagem acima é apenas exemplar. Um plano pode incluir um ou mais objetivos.

Um problema para a empresa...

As pecuinhas surgem como obstáculo para a empresa e deve ser enfrentado pelo gestor. Quando elas ocorrem, devem ser imediatamente suprimidas pelo líder organizacional.  Se a empresa não tem condições de combater este tipo de conduta dentro da empresa, os funcionários continuarão atacando-se entre si até que esta  atitude agressiva sobreponha-se à atividade da empresa e não mais o lucro ou o atendimento, ou seja, o fim que justificou a abertura da firma.

A situação pode beirar o ridículo, pois muitas vezes, embora ofendida, a vítima prefere pedir demissão e ir trabalhar em outro lugar do que recorrer ao gestor para pedir socorro como se este fosse professor de jardim de infância. Se já é constrangedora a situação em que a vítima se encontra, pior ainda seria esta se ver numa situação em que o gestor chama para a sua sala o agente e a vítima e ali instaura um “tribunal informal” em que ambos ficam se atacando num debate para ver quem ganha. De qualquer forma, a saída da vítima, cansada de tolerar a situação, trata-se de uma perda de capital intelectual para a empresa que será melhor aproveitado em outro lugar. Quem sabe, na concorrência?

Muitas vezes, o gestor da empresa que não tem interesse no assunto, ou é conivente com as pecuinhas do agente. Neste último caso, ele não é percussor, mas cúmplice. Pode existir um alinhamento de interesses dele com a do agente. Dificilmente um gestor vai ter interesse em iniciar uma incursão desse tipo, pois trata-se de constrangimento grave contra um funcionário, e como no Brasil a vitima é favorecido por uma estrutura legal-trabalhista, o gestor não tem interesse em ver a empresa sendo processada na justiça por sua causa.

Pior, toda a situação surgiu por sua liderança incapaz.


Não vá por este caminho!

Para evitar este tipo de situação, desde o momento em que o gestor forma a sua equipe, este deve saber as ambições pessoais de cada integrante da equipe. Se ele “herdou” a equipe, deve procurar descobrir quais são essas ambições. O gestor deve também permitir aos seus subalternos uma certa “janela” com mínima abertura de intimidade com seus funcionários, que permita que eles lhe confidenciem fatos que os funcionários sentem ter fugido de sua atenção. Assim, o gestor sempre fica sabendo de tudo e pode tomar medidas preventivas para que este tipo de situação não ocorra.


Elogiar funcionários é sempre importante, mas deve ser feito com cautela se o gestor for sempre elogiar o mesmo funcionário. É importante que haja um equilíbrio para que o gesto seja recebido como reconhecimento e não como pedra angular para inflar egos. Se isso já é importante para que o restante da equipe se atente no tocante ao cumprimento dos objetivos do departamento ou da empresa, melhor ainda elogiar duplas de trabalho, ou seja, duas pessoas envolvidas num mesmo projeto. Isso reforça a importância da construção de relacionamentos frutíferos entre as pessoas e enaltece o senso de união.

O gestor deve ter sempre em mente que sempre há pessoas dentro da equipe que não pensam em sintonia com as demais, que agem de forma destrutiva dentro da empresa. Identificá-las para pôr em exercício um plano de ação é um dever que compete à liderança.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

CTPS para o bem ou para o mal?

Com frequência, ouvimos por aí que a “CTPS é um direito do trabalhador”, mas após anos em posse deste documento, ainda não me convenci desse respeito. Façamos aqui uma reflexão quanto às origens da CTPS: nasceu durante o regime fascista italiano de Benito Mussolini e rapidamente foi empregado em vários países, entre eles, o Brasil.

O fato de este ter nascido num sistema político fascista não é à toa. Com frequência, estes tipos de regime político tem interesse em saber, o mais rápido possível, o máximo de informações possíveis sobre as pessoas indesejáveis politicamente pelo regime imposto. Na prática, com este documento o governo tem um dossiê completo e atualizado pelo próprio trabalhador. O trabalhador, em posse de tal documento, constrói ao longo de sua carreia uma arma contra si.

Não é de se supor que durante uma ditadura, determinados governos tenham o interesse de constranger determinado opositor político, começando por onde ele trabalha. Basta uma simples ligação telefônica a um empregador, dizendo que seu funcionário está envolvido em “atividades subversivas” e o resultado direto é a demissão do mesmo.

Em tempos de internet, infelizmente, não estamos distante desta realidade. Não são raras as tentativas de grandes empresas construírem banco de dados sobre funcionários que impetraram ações processuais trabalhistas contra seus ex-empregadores. Diferenças no ambiente de trabalho são comuns que surjam e é justo que sejam dirimidas perante a justiça competente. Como se já não bastasse que o ex-empregador dê péssimas recomendações sobre o funcionário que o processa, imagine então ser julgado por empresas que o atenderam em entrevistas de trabalho, mas decide não consumar a contratação porque o nome do entrevistado “surgiu” nas listas negras?

Se considerarmos o período de 45 dias de experiência (prorrogáveis a outros 45 dias...), o empregador tem 90 dias para fazer uma avaliação do funcionário recém contratado, como administrador julgo que os gestores tem tempo mais que suficiente para obter indícios do comportamento do funcionário e projetar se o seu perfil comportamental está sendo condizente com o perfil da empresa ou não.

Segundo o pressuposto de Sun Tzu que diz “se o soldado não atende as expectativas no campo de batalha, seja porque não possui as vestes adequadas, ou porque não tem arma que funcione, a culpa é do general”, de forma análoga, e em termos gerais, é infantilidade o gestor não reconhecer que o comportamento do funcionário é o espelho do tipo de liderança que o empregador assume. Não se pode esperar equipe bem motivada e envolvida nas atividades e objetivos da empresa se, por exemplo, o empregador atrasa o salário por falta de caixa (ao mesmo tempo em que ele recentemente comprou um automóvel novo com o dinheiro da empresa) ou ainda quando este chega ao meio dia exalando perfume de sabonete de motel e acompanhado de sua secretária.

Há quem pense que funcionários que se aventuram na justiça trabalhista são pessoas acomodadas e interessadas em obter dinheiro fácil, mas isto não é verdade. A justiça tem sido cautelosa neste quesito e ela justifica a sua finalidade em apenas reparar os danos causados no trabalhador pelo empregador. Tudo se justifica numa questão de provas: se o funcionário sofreu determinada injustiça e recorreu à corte trabalhista para reaver um direito, cabe tanto a ele quanto ao ex-empregador provar ou refutar os fatos por meio de provas. Se um funcionário ganha determinada causa, o que ocorre é um reconhecimento de que a empresa em que ele trabalhou de fato negou a ele um direito e teve de ressarci-lo na justiça.

Infelizmente, no entanto, não é isto o que ocorre. Se determinado ex-funcionário tem qualquer ação impetrada contra um ex-empregador, este é visto como “encrenqueiro”, “interesseiro”, “oportunista”, enfim, os adjetivos não faltam. Por outro lado, se a justiça é o lugar onde se busca solucionar os conflitos, quais são os outros instrumentos existentes para o trabalhador que, por exemplo, dedicou várias horas de sua vida social ao trabalho e nunca percebeu o recebimento das horas extras? Ou muitas vezes pagou contas de interesse da empresa com recursos próprios e não pecebeu o reembolso de tais valores?

Em suma, a apresentação da CTPS no novo emprego é como entregar a corda que vai enforcar o funcionário. Ninguém tem como objetivo ficar jogando fora as CTPS antigas toda vez que mudar de emprego para que o novo empregador não tenha ideia quanto ao seu passado. No que diz respeito a apresentação da CTPS ser compulsória, o documento não representa nenhum direito ao cidadão, mas uma obrigação. Direito, talvez, para o empregador, mas não para o funcionário.

A CTPS, sob o ponto de vista de ser um dossiê contra a reputação do trabalhador, é também uma total falta de privacidade. Que empregador não possui nos assentamentos dos seus funcionários uma cópia de todas as páginas da CTPS que ele apresentou? Como pode coexistir tal documento sendo que o direito à privacidade é garantido constitucionalmente??? Longe de cidadania, a CTPS é símbolo de um fascismo que tem que acabar no Brasil. Dizem que o documento justifica-se pelo direito que o trabalhador tem ao contrato de trabalho. Mas isto já está expresso na CLT. Ainda que nem todos os trabalhadores sejam especialistas em análise de contrato, ele pode leva-lo ao seu sindicato para obter opinião sobre e saber se o mesmo foi elaborado corretamente.

Na minha opinião, ferramentas não faltam ao empresário para avaliar o funcionário durante o início de sua trajetória na empresa após a contratação. Esse período experimental serve justamente para isso: avaliação de comportamento. De fato, o comportamento humano pode alterar-se ao longo do tempo. Mas também é verídico que a maioria das pessoas tem um comportamento reativo ao tipo de liderança da empresa. Já ocorreu de um candidato dizer durante uma entrevista que está processando ex-empregador e na minha empresa isso foi julgado como uma atitude positiva de honestidade que, em conjunto de outros fatores, gerou a contratação do funcionário.

Também, na minha opinião, deveria ser criada uma lei que revogue a obrigatoriedade do uso da CTPS, e que as empresas sejam obrigadas apenas a anotar numa página simples, assinada e carimbada as experiências obtidas com o trabalhador durante a sua relação. E que também seja criada outra lei que puna a empresa, com multa, se requerer a apresentação da CTPS durante uma entrevista de emprego.


Algumas pessoas podem achar um absurdo o que penso. No meu ver, empresas que solicitam CTPS numa entrevista de emprego são empresas medievais. Fuja delas.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Uma expressão deplorável chamada "colaborador"...

Alguém já se questionou a origem da expressão “colaborador”?

Quando os nazistas invadiam um país, eles procuravam pessoas naturais da nação invadida que estivessem dispostas a colaborar com o planejamento estratégico da invasão. Tomemos como exemplo a Holanda: de repente, e sem entender, a população holandesa se viu escandalizada com o recém aumento de pessoas que ascenderam socialmente. Os que outrora viviam à margem da sociedade holandesa agora andavam nas ruas exibindo sua arrogância em ternos novos e sapatos caros. De início, ninguém conseguia entender como um mendigo ou um varredor de ruas conseguia ganhar tanto dinheiro de repente. O fim da grande guerra esclareceu: o alto escalão do exército de ocupação nestes territórios pagavam altas somas de dinheiro àqueles que denunciassem a localização de judeus escondidos. Tudo o que o indivíduo tinha que fazer era ir até a polícia e denunciar. Uma vez capturado os judeus, o cidadão era recompensado. A estes, os nazistas chamavam de COLABORADORES.

Não tenho registros se tal expressão era empregada anteriormente à época da Segunda Guerra mundial, mas com certeza tornou-se comum naquela circunstância. Os colaboradores podiam ser holandeses, franceses, italianos, enfim, onde estivesse a máquina mortífera de Hitler havia a possibilidade de pessoas sem qualquer escrúpulo moral delatar a localização de judeus ou pessoas politicamente indesejadas pelos nazistas.

Dizem que quando os alemães invadiram a Dinamarca, a monarquia daquele país passou a usar a Estrela de Davi (insígnia usada para identificar os judeus), como forma de protesto que estimulou outros dinamarqueses não-judeus a fazer o mesmo. Talvez por isso, na Dinamarca houve menos capturas que nos outros países.

O caso holandês se destaca porque no auge da guerra havia um pequeno contingente de militares da SS, não mais do que 1100 soldados no total. Entretanto, este pequeno contingente logrou em capturar uma grande quantidade de judeus em função dos chamados “colaboradores”.


Colaboradora francesa do regime nazista após ser capturada e sob punição da população local


Não vamos aqui adentrar muito na historiografia militar, mas já da para perceber aqui meu ponto de vista ao uso desta expressão que considero ser escrota. “Colaborador”, no sentido nazista, está atrelado à noção do cidadão natural de uma região ocupada que contribui com as forças de ocupação, aliado ao inimigo do próprio país, no sentido de servir e obedecer aos interesses dessa força militar de ocupação inimiga, obtendo-se em troca dinheiro. É um sentido estritamente mercenário, de um tipo de pessoa que dorme durante a noite tranquilamente enquanto outras são presas e levadas aos famigerados campos de extermínio.

Quer dizer então que sua empresa tem colaboradores? Pessoas sem escrúpulo que fazem tudo e qualquer coisa por dinheiro? Após esta breve revisão histórica acima exposta, espero que o leitor considere se está certo ou não este tipo de pensamento.

Não entendo estes “modismos” que existem no campo da Administração. Há dez anos, por exemplo, muitas empresas mudaram o nome do departamento de RH para “TH” (Talentos Humanos). Mais ou menos na mesma época virou moda esta conduta de chamar todos os partícipes de uma organização de “colaboradores” – pra quê isso?

Prefiro dizer que na minha empresa há funcionários. Pessoas que estão dedicadas a produzir um bem e um serviço disponível para desenvolver um bem a um público que demanda por este esforço. É importante que estes funcionários tenham em mente que dinheiro não é o único fator importante da empresa, e que outros objetivos qualitativos (fatores comportamentais, tais como, treinar ou ajudar semelhantes em dificuldade na execução de suas tarefas) é mais importante do que viver numa organização em que cada um está tão somente preocupada com o seu umbigo.

No que diz respeito a estes modismos, ignore-os: só servem para vender livros, ou ficar bonitinho no corpo de um e-mail...

domingo, 8 de setembro de 2013

Sete de Setembro Negro

Manifestantes estavam com diversos cartazes, a maioria contra políticos, tais como: "Fora Geraldo", "Políticos de merda, nós vamos derrubar vocês", "Fora Renan Calheiros - Prisão aos mensaleiros", "No Brasil existe 89 tipos de impostos: VERGONHA", "War against corruption - Fuck Dilma and Lula". Houve ainda uma pichação: Morte ao Genoíno.

Protesters were with several posters, mostly against politicians, such as: "Out Geraldo", "Political shit, we'll topple you," "Out Renan - Prison to mensaleiros", "In Brazil there are 89 types of taxes: SHAME "'War against corruption - Fuck Dilma and Lula." There was also a graffiti: Death to Genoíno.


De tarde...
In the afternoon...

O ato de protesto ocorrido em 07/09/2013 recebeu o nome de “Sete de Setembro Negro” após as cenas de barbaridade observadas nas ruas. O protesto tinha como pauta a rejeição do significado patriótico da data, o dia da independência do Brasil. Assim como em outras capitais, em São Paulo, a Av. Paulista foi tomada por pessoas, cuja a maioria estavam vestidas de preto, sendo estes os considerados adeptos da prática Black Bloc. Eles se concentraram no vão livre do MASP por volta das 14 horas. Às 15h30, a multidão andou pela avenida no sentido Paraíso. Em seguida os manifestantes tomaram o acesso à Avenida 23 de Maio, onde o trânsito foi fechado.

The act of protest occurred on 09/07/2013 has received the name "Black September 7th" after the scenes of barbarity seen in the streets. The agenda was to protest the rejection of patriotic significance of the date, the day of independence of Brazil. As in other cities, in São Paulo, the Paulista Avenue was taken by people whose most were dressed in black, these being considered supporters of the Black Bloc practice. They focused on clearance of MASP (São Paulo Art Museum) around 14 hours. At 15:30, the crowd walked the avenue towards Paraíso neighborhood. Then protesters took to access the 23 de Maio Avenue, where traffic was closed.


  


 

 


Na altura da região da Sé, os manifestantes saíram da Av. 23 de Maio e rumaram em direção a Câmara dos Vereadores. Houve correria. Algumas vidraças do prédio da Câmara Municipal foram depredadas, além de outras instalações públicas. Lixos foram queimados e um coletor arrastado para o meio da rua serviu de barricada para um número de manifestantes que insistiu em atacar a polícia, com pedras e lançamento de bolinhas com uso de estilingue. A polícia atirou pedras, granadas de efeito moral e gás lacrimogênio contra os manifestantes. Não se sabe qual das partes iniciou o confronto.

At the time of the Cathedral of Sé area, the protesters left the 23 de Maio Avenue and headed toward the City Council. There was a rush. Some glazings of the building of the Town Hall were vandalized and other public facilities. Wastes were burned and a collector dragged into the middle of the street served as a barricade for a number of demonstrators who insisted on attacking the military police with stones and launch balls with use of sling. The police threw stones, moral effect grenades and tear gas against protesters. It is not known which party initiated the confrontation.


   

 

 


O estudante Vitor Araújo, de 19 anos, foi ferido no olho em função de um estilhaço de uma granada jogada pela polícia militar. Outros manifestantes que o atenderam levaram-no a uma quadra de esportes próxima. Depois, dois policiais vieram e o levaram para perto de uma viatura da PM, onde ficou até chegar o resgate, o que demorou cerca de 1 hora para chegar ao local.

The 19-years-old student Vitor Araujo was wounded in the eye due to shrapnel from a grenade thrown by the military police. Other demonstrators that attended took him to a nearby sports field. Then, two policemen came and took him to a car near the MP, where he remained until reaching the rescue, which took about 1 hour to reach the site.


 


No mesmo momento em que Vitor havia sido ferido, um policial militar estava sendo agredido por três manifestantes. Dois policiais militares vieram ao seu socorro, e um terceiro ainda correu para recolher uma arma que havia caído de sua cintura. Ele foi visto sendo levado para dentro do edifício da Câmara Municipal, onde permaneceu, até ser levado pelo resgate. Não se sabe a situação dele.

At the same time that Vitor had been wounded, a military police officer was being attacked by three protesters. Two police officers came to his rescue, and a third still ran to collect a gun that had fallen from her waist. He was seen being led into the town hall, where he remained until being taken for ransom. I don’t know of his status.

Um grupo de fotógrafos e cinegrafistas da imprensa também foi alvo de ataque com explosão de granada de efeito moral lançada pela polícia militar, apesar da tentativa deles terem avisado a polícia de que eram apenas da mídia. Manifestantes e outras pessoas que estavam presentes no local, entre elas, o Piauí, um artista de rua, repudiou o ataque contra a população, no discurso que pode ser conferido no vídeo a seguir:

A group of photographers and cameramen, both of mainstream and alternative press was also under attack with moral effect grenade explosion launched by the military police, despite their attempt had warned the police that were just the media. Protesters and others who were present at the site, including, Piauí, a street performer, repudiated the attack against the population, in the speech can be checked in the following video:


Manifestante reclama sobre violência policial no protesto de 07/09/2013 (parte 01 de 02)



Manifestante reclama sobre violência policial no protesto de 07/09/2013 (parte 02 de 02)


À noite...
In the evening...

Na parte da noite, um grupo de manifestantes começou a gritar na frente de um grupo de policiais do Choque, de volta à Av. Paulista, que estavam em formação em linha na frente de uns bares. Minutos antes, vários manifestantes foram encurralados pela polícia para dentro de um bar, o que causou vários danos ao estabelecimento. Veja as cenas da população protestando:

In the evening, a group of protesters began shouting in front of a group of police special team called “Choque”, back to Avenida Paulista, who were in the lineup in front of a few bars. Minutes before, several protesters were corralled by police into a bar, which caused severe damage to property. See the scenes of the population protesting:


Manifestantes provocam tropa de choque da PM na Av. Paulista em 07/09/2013


GAPP – Grupo de Apoio ao Protesto Popular – diz que atendeu ao menos 8 vítimas agredidas pelos policiais. Um homem foi atropelado por uma viatura da PM. Um fotógrafo do jornal  Folha de S. Paulo teve o queixo acertado por munição letal disparada por um policial militar. Assim, estima-se que o número de feridos foi muito maior.

The GAPP – Portuguese name for Support Group for People Protest – says they have met at least 8 victims assaulted by military police. A man was hit by a car the MP. A photographer from the newspaper Folha de S. Paulohad his chin hit by lethal ammunition fired by a military policeman. Thus, it is estimated that the number of injuries was much higher.

Veja mais imagens do Sete de Setembro:
See more images from the September 7th:


    
  

  

        




Links úteis:
Useful links:

  • FOLHA DE SP. Manifestações no 7 de Setembro têm baixa adesão, confrontos e detidos. Editorial: 08/09/2013. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/poder/2013/09/1338803-manifestacoes-no-7-de-setembro-tem-baixa-adesao-confrontos-e-detidos.shtml>.
  • ÚLTIMO SEGUNDO  7 de Setembro tem protestos em Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro. Portal IG: 07/09/2013. Disponível em: <http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2013-09-07/7-de-setembro-tem-protestos-em-brasilia-sao-paulo-e-rio-de-janeiro.html>.
  • DEFESANET. ENTREVISTA CEL MORETZSOHN - MANIFESTAÇÕES EXTREMISTAS NO DIA 7 DE SETEMBRO. Editorial: 01/07/2013. Disponível em: <http://www.defesanet.com.br/riots/noticia/12062/Entrevista-Cel-MORETZSOHN---Manifestacoes-extremistas-no-dia-7-de-setembro/>.
  • VEJASPManifestante fica cego de um olho após protestos. Redação Veja São Paulo: 09/07/2013. Disponível em: <http://vejasp.abril.com.br/materia/manifestante-fica-cego-de-um-olho-apos-protestos>
  • BRASIL DE FATO. Polícia atira com arma letal, atropela e deixa um cego nos atos de 7 de Setembro. José Francisco Neto. Disponível em: <http://www.brasildefato.com.br/node/25821>JCK Mídia IndependenteJovem atingido por estilhaços de bomba durante a Operação 7 de Setembro. Jck: 08/09/2013. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=OWoA149QVJA>
  • DOCUMENTÁRIO YAHOOUm olho a menos no protesto. Disponível em: <https://vimeo.com/76769715>