domingo, 29 de junho de 2014

A foto que dizem aparecer o Lula...



Hoje, domingo, foi dia de passear no parque. Para minha surpresa, dentro do Museu de Arte Contemporânea tinha uma exibição de manifestações populares ocorridas durante o início do regime militar. A foto que você vê acima eu já tinha visto antes na internet com o rosto do Lula. Exemplos lamentáveis de manipulação de imagem por parte de comunistas mentirosos existem desde a época de Stálin.




Na foto acima você vê uma bandeira americana sendo queimada. Portanto, é uma manifestação de comunistas durante a guerra fria. É uma manifestação de comunistas que apoiavam a ditadura soviética. Em suma, uma manifestação de traidores da pátria, antilibertários, bando de ignorântes. O curioso é que esta exibição não é permanente, sendo que sua realização neste momento em que ocorrem diversas manifestações Contra a Copa.




Acima você vê um belo exemplo de uma foto que diz tudo e não fala nada. Dois soldados arrastando uma pessoa, uma nuvem de fumaça e o que parece ser uma viatura ao fundo. Provavelmente foi tirada por algum fotojornalista de esquerda, fotografia esta tirada com o intuito de ser publicada em algum jornal junto com algum texto que explicasse a situação, e provavelmente a inserção de uma leva de mentiras que não apareceram na imagem.

sábado, 28 de junho de 2014

Com eleições chegando, governo quer “limpar” ruas para dar lugar a manifestantes partidários



As manifestações de rua provaram o seu poder. A tarifa foi reduzida em 2013 e, neste ano, apesar da realização do mundial, a copa não está acontecendo. São muito poucos aqueles que entraram no clima de copa. As conquistas não satisfazem, mas são a prova de que as manifestações, a despeito dos que creem no oposto, têm sim o seu poder político. Diante deste cenário, os políticos temem que as manifestações de rua influenciem suas caríssimas campanhas eleitorais.

Sob este prisma, fica esclarecido o restante do mistério em torno do caso Hidaki-Lusvarghi. Ambos são também elementos de uma campanha de intimidação, feita com objetivo explícito de manter acuados os manifestantes, e mantê-los reclusos em suas casas.

Não é a toa que policiais andam com pranchetas anotando nomes dos que são revistados e fazem fotografias das pessoas nos atos. A descabida exigência da Polícia Militar de que as manifestações tenham um responsável – exigência esta que não consta na lei – trata-se de um modus operandi mais barato para manter as pessoas confinadas em um local e impedir que a marcha cumpra sua caminhada pelas ruas. A técnica é simples e eficaz: se o governo não tem como proibir as manifestações, eles irão mantê-las paradas à força no seu local de encontro.

Assim, cumpre-se o propósito tucano-petista de limpar as ruas de manifestantes apartidários. Eles estão se preparando para as eleições e não querem saber de apartidários nas ruas. Estas serão somente ocupadas para colocar os que são de seu partido.

Nenhuma ação é pouca para preservar o interesse do PT e do PSDB de serem reeleitos nas esferas de poder onde atualmente ocupam. Podem contar que, por trás desta manobra, ainda há outras ações em curso.

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Ato em defesa de Hideki e Lusvarghi ficou "atolado" no MASP

“Fora Fernando Grella”
“Ditadura Não!”
“Libertem os presos políticos: Rafael e Fabio”
“Chega de prisões”
“Lutar não é crime”
“Liberdade para Fabio Hidek trabalhador e estudante”


Estas são algumas das faixas exibidas no “ato atolado” de ontem: a PM proibiu a manifestação sair do MASP. Um coronel da PM, responsável pelas tropas disse que se não aparecesse um responsável pela manifestação, ela não sairia do lugar. Manifestantes contra argumentaram dizendo que ali havia vários grupos, que uma pessoa não é responsável pelo que as outras podem fazer, etc. “Eu não quero saber!” disse o coronel. “Se não aparecer um responsável, a manifestação não sairá do lugar”.

O ato reuniu bem mais gente que o ato contra a copa do dia 23/06. Entre 400 e 600 pessoas estavam no vão livre do MASP. As pessoas chegaram a ocupar uma das vias da avenida Paulista, a que vai sentido Consolação, mas rapidamente foi cercada pela tropa de choque. Ante a impossibilidade da manifestação sair do lugar, muita gente desistiu e foi embora mais cedo. Foi neste momento em que boa parte da grande mídia apareceu, pra filmar o ato quando já estava com 100 pessoas.

Houve uma negociação entre um tenente e o padre Lancelotti para as pessoas permanecerem ocupando a via até às 20h. Um tenente chegou a dizer que a polícia ficaria ali indefinidamente, até todos os manifestantes decidirem sair. Um deles começou a falar com os outros pra fazer uma “ocupação” ali e não deixar ser vencido pelo cansaço. Mas outros contra argumentaram e responderam que o choque prenderia arbitrariamente a todos na calada da noite se ficassem.

Havia uma mistura de coletivos. Tinha gente do MPL e adeptos da tática black bloc, mas estes não eram muitos, só um de cada, pelo que pude contar. A maioria era estudantes e funcionários da USP, além do coletivo Território Livre.

Toda a avenida Paulista estava cercada pela tropa de choque da PM. Nas vias adjacentes, tinha reforço da força tática. A cavalaria aguardava à distância. Um canhão d’água estava em um dos lados.

Pessoas andavam inquietas ante as movimentações dos policiais. O clima foi tenso em um momento em que houve uma aglomeração de pessoas no canteiro central da avenida. Alguns disseram que uma pessoa tinha sido presa ali, mas eu não vi nada. O vídeo abaixo mostra este momento.





PT enviou agente provocador?


Em dado momento houve bate-boca entre manifestantes e um petista que estava esculachando a manifestação. Segundo ele, atualmente não existe ditadura nenhuma. Ele também elogiou a ditadora e ex-assaltante de bancos e terrorista Dilma Rousseff. Elogiou a presença da PM e disse que “pobres são tudo um bando de animais”. O editorial Testemunha do Caos entende que esta foi a aparição clássica de um agent provocateur: uma pessoa que não faz parte da força oficial de repressão do estado, mas está viculado a partido político e vai à manifestação causar turbulência no interesse deste partido.

O vídeo abaixo retrata este momento e, embora tenha ficado um pouco longo (+9 minutos), ele acusou os manifestantes de ter lhe chutado a bunda e dado tapas na cabeça. No entanto, o vídeo mostra que isto não aconteceu, provas de que, além de petista, é um mentiroso.




O cara só tem coragem de abrir a boca com a PM do lado. Mas quando chega em casa provavelmente mete a boca na polícia. Mas, afinal, o que ele estava fazendo lá? Protestando contra a copa? Contra o governo? O sujeito ainda disse que "se eles [Hideki e Lusvarghi] estão presos é porque fizeram alguma coisa".


A aparição deste petista relembra a questão dos Agentes Provocadores, pessoas enviadas por partidos políticos com objetivo de causar escândalo nos movimentos. É óbvio que ele foi lá para apanhar, era o que ele queria, provocar as pessoas para sair na grande mídia que apanhou na manifestação.



Japonês é o preferido

Ambos os presos no dia 23/06 não estão sendo defendidos com a mesma equidade. Isto foi notado pelos comentários dos que estavam presentes no ato e também em um dos panfletos distribuídos. Algumas pessoas acham que Lusvarghi é um P2 por ele ter feito parte da PM de SP, outros acreditam ainda que ele é um militarista e supremacista racial por causa de uma tatuagem e da saia estilo nórdico. Há quem argumente apenas que ele só quis aparecer e que é um maluco.

Veja algumas imagens do ato (clique para ampliar ou salve no seu computador para ver melhor):



 

 

 

 

 

 

 

 

 


O vídeo abaixo mostra que inicialmente a manifestação reuniu umas 400, 500 pessoas. Mas, ante a impossibilidade dada pela PM da manifestação sair do lugar, muita gente vazou. No final nao ficou nem 50, que foi empurrada de volta pra calçada pelo choque.


quarta-feira, 25 de junho de 2014

Em matéria de hoje, ‘Estadão’ mentiu sobre manifestação do dia 23J

Clique com o botão direito do mouse e em seguida
na opção "salvar como" para ler melhor.


No dia 23 de junho de 2014, estavam presentes vários coletivos, entre eles o Contra a Copa, Se Não Tiver Direitos Não Vai Ter Copa, Território Livre, Comitê Estadual de Luta Contra a Repressão, Coletivo Autonomo dos Trabalhadores Sociais – CATSO. O único partido presente foi o PCB. O único sujeito que vi ser black bloc (vestido de preto e com rosto coberto) estava jogando bola. Tudo isto pode ser conferido nas fotografias e panfletos abaixo (exceto a foto do moleque jogando bola, que não tirei, só vi).

 

 

 


Apesar da abundância de informações por todas as partes, o jornal O Estado de S. Paulo em sua edição nº 44080 do dia 25 de junho de 2014, página A15, em uma matéria assinada pelos jornalistas Luciano Bottini Filho e Rafael Italiani preferiram ignorar os fatos e jogaram sobre o Movimento Passe Livre a responsabilidade pela organização da manifestação. O título da matéria é “Governo Alckmin endurece contra MPL”. De maneira estranha, não encontrei o artigo na internet, razão pela qual tive que scanear a página inteira acima.

Com toda evidência, o artigo possui dois propósitos: o primeiro é enaltecer a figura do Alckmin. O segundo trata de desinformar a população sobre o que aconteceu de fato, tal como segue nos trechos:

“Harano é acusado de ser o líder dos manifestantes. Ele foi abordado na estação Consolação, quando, de acordo com a polícia, praticava atos de vandalismo, com máscaras de gás, coquetel molotov e capacete”

Nem vou me dar o trabalho de colocar aqui as imagens de Harano. O próprio parágrafo traz a contradição: como é possível usar máscara de gás e capacete ao mesmo tempo? O capacete que ele estava usando era de motocicleta. A intenção do jornal é fazer de Harano o bode expiatório. Falar que ele estava “liderando a manifestação” é acusa-lo de ser líder dos black blocs. 

“No momento da prisão de Lusvarghi, um policial do Deic teria sido atacado por 20 ativistas. Foi dele um tiro disparado paro alto [os jornalistas analfabetos não sabem nem escrever “PARA O ALTO”]. A polícia, no entanto, entende que foi legítima defesa”

Veja que neste trecho eles são o menos específico possível. Inclusive, pela maneira que escreveram, levantam para o leitor a hipótese de que os tiros foram disparados pelo Lusvarghi. NÃO! Os tiros foram disparados pelo policial civil. E eles não foram “cercados por manifestantes”, pelo menos a maioria, senão a totalidade das pessoas ali presentes eram profissionais da imprensa que correram para registrar a prisão.

E não nos esqueçamos do que se trata o black bloc: uma tática, a pessoa se veste completamente de preto e dificulta sua identificação. Ambos os presos estavam com o rosto descoberto. O editorial Estadão está querendo impingir na população a ideia de que, qualquer um que seja preso, ainda que esteja vestido de padre, pode ser chamado de black bloc. O interesse aqui é criminalizar as manifestações, jogar a culpa em qualquer um. Isto não é jornalismo, é matéria comprada!


Na verdade, Alckmin está acuado

As manifestações dos dias 19/06 e do dia 23/06 são de suma importância para esclarecer o que está acontecendo dentro do restrito círculo político em São Paulo, no tocante nas relações entre governo e agentes da lei. O fato da PM ter feito acordo com MPL, por exemplo, revela uma cisão entre comando da PM e governo Alckmin. Daí o motivo do secretário de segurança pública ter condenado o acordo.

Como o governo Alckmin não dispõe mais da polícia militar como “cães de guarda” dos seus interesses exclusivos, mandaram a polícia civil fazer as prisões. Até então ninguém havia sido preso em flagrante, mas as provas forjadas garantiu esta satisfação ao Alckmin. De fato, a PM nem comentou as prisões feitas no dia 23, porque não foram eles quem as fizeram. Outra coisa que reforça esta conjuntura é o fato da PM não comentar suas ações nas manifestações em sua página no facebook. Entre lá agora e veja que há postagens sobre todos os tipos de ações: traficantes presos, drogas apreendidas, et cetera. Mas não há uma ÚNICA publicação comentando sobre as manifestações, o que indica que o assunto é tabu dentro da corporação.

terça-feira, 24 de junho de 2014

Lusvarghi: o homem que irritou a polícia.



Lusvarghi já foi policial militar em São Paulo e no Pará. Serviu na Legião Estrangeira, exército especial da França. Tentou servir às forças armadas da Rússia e não conseguiu. Ficou um mês e meio nas FARC e saiu porque não gostou. Este é o perfil do homem que recebeu dois tiros de bala de borracha no peito no dia 12 de junho, além de ter sido imobilizado por – pelo menos – outros 5 policiais, enquanto um sexto lhe espirrou spray de pimenta nos olhos. Tem 29 anos e acredita que deveria ter no Brasil uma revolução tal como ocorreu na Rússia em 1917.


Lusvarghi cumprimentando jornalistas estrangeiros da AFP. Em suas mãos,
 um frasco de iorgute. Folha de São Paulo disse que ele estava "embriagado"...


Sobre aquele dia, o coronel Meira disse que a polícia pode ter abusado um pouco da força. Segundo um artigo publicado pelo Estadão no dia seguinte, o próprio Lusvarghi viu “coerência” na ação da polícia, disse ter sido bem tratado e que admira a função pública do policial.

Ontem, 11 dias depois de ter sido detido, repercussão que lhe rendeu demissão dos dois empregos que possuía, ele estava bem animado na manifestação, andando sem camisa na maior parte do tempo e usando uma saia. E faço questão de falar que ele estava usando SAIA (guardem esta informação para mais adiante).

O ato saiu da praça do ciclista, foi até o final da Av. Paulista sentido Paraíso, voltou e terminou o trajeto na frente do MASP. O objetivo, segundo um discurso feito no início da caminhada, era fazer os policiais perder a oportunidade de assistir o jogo Brasil x Camarões.


Exagero e irresponsabilidade: policiais civis do Deic - Garra portaram
metralhadoras no final da manifestação. Ao que parece, entrou para
a história da polícia judiciária a única ocasião em que sairam da sua unidade no
Carandiru e voltaram ilesos, sem ter havido confronto algum. Também pudera,
nunca vi manifestante andando armado.... 


Os manifestantes, entre 300 e 500 pessoas (e não 200, tal qual foi informado pela polícia...) foram acompanhados pela tropa de choque a todo momento. Tinha cavalaria também. Talvez o que ninguém esperava foi que a surpresa da noite foi a atuação da polícia civil, até então “novidade” nos protestos. Tinha policiais do DEIC - GARRA, os quais portavam até metralhadoras.

Ao final do ato as pessoas foram se dispersando, uns indo pela calçada, outros indo em direção ao metro. Do lado da estação Consolação, atrás de uma banca de jornal, uns policiais do DEIC - GARRA fizeram uma tocaia e foi onde prenderam Lusvarghi. Uma arma de fogo foi disparada pelo menos duas vezes. O manifestante foi jogado no chão, enquanto o CHOQUE fazia uma formação em linha que, no meu entendimento, era para “limpar a rua das pessoas”. Isto posto, o Choque também deu tiros ali, mas não acertou ninguém.

Fiquei surpreso que Lusvarghi tinha sido acusado de porte de explosivos. Ele não portava nenhuma mochila, a saia não tinha bolso, então a bomba estava aonde, enfiada no cu?

Enfiado num carro preto, que avançou perigosamente sobre outras pessoas que estavam na rua, Lusvarghi foi acompanhado por pelo menos outros 4 policiais, incluindo o motorista, num carro preto que arrancou cantando pneus e desapareceu da vista de todos.

E o que falar sobre a acusação de formação de quadrilha, é pra combinar com a época de festa junina?








Mais ridículo ainda foi o papel da mídia, em especial, o servicinho de merda da Folha de S. Paulo.A grande mídia golpista já acusou o Morelli de ser “coordenador” do black bloc, depois veio a Sininho, deputado Freixo. Meteram ainda o PCC no meio. Agora preferem não tomar mais riscos de passar novamente por vexame. Disseram apenas que Lusvarghi foi preso por associação criminosa e ponto. Que associação é essa? Qual o nome do grupo, do líder? Sim, porque se mudou o conceito de quadrilha, se agora uma única pessoa pode ser acusada de formação disso, então vamos ter que rever a jurisprudência. 

A verdade é que Lusvarghi despertou ódio entre os policiais porque sua figura pode incentivar outros policiais a “sair da linha” e se tornarem manifestantes. Este é o motivo da sua prisão. 

sábado, 14 de junho de 2014

Constituição de 1988 é jogada no lixo na Copa de SANGUE....



Já pela transmissão ao vivo foi possível verificar que o número de manifestantes não foi tão grande quanto o contingente que compareceu em todas as manifestações Contra a Copa anteriores neste ano. Isto não significa uma má notícia, haja vista que provavelmente outras centenas se dirigiram ao local da estação Carrão em São Paulo, e certamente foram impedidas pela polícia e exército.

Porém, por mais que houvesse uma única pessoa apenas, é certo que de qualquer forma ela iria apanhar e ser presa.

É o velho caso do "pega a mão, mas quer o braço": primeiro reclamam que as manifestações não são pacíficas. Ainda que elas fossem, reclamariam que atrapalha o trânsito. E mesmo que estas ocorressem na calçada, iriam dizer que as manifestações atrapalham o percurso de quem deseja transitar na calçada. E, mesmo que os manifestantes se esforçassem para ficar espremidos contra a parede, iriam reclamar do barulho.

Quem não quer que os protestos ocorram busca toda sorte de argumentos imbecis. A trágica morte do cinegrafista Santiago da TV Band, em janeiro deste ano, foi diversas vezes usada pela grande imprensa como o argumento final contra os black blocs (leia-se: manifestações em geral). Aliás, a grande imprensa conseguiu, com relativa facilidade, fazer com que as palavras "black blocs" e "manifestações" tivessem literalmente o mesmo significado. Eles, são os senhores das palavras. Quem domina a escrita, domina a mente das pessoas. 

Mas, até que ponto este domínio se expande? Ontem, ao passar pela portaria do prédio, um porteiro me aborda e me chama para um papo. Este senhor, nordestino de mais de 60 anos, ganha 1,5 salário mínimo e tem que sustentar ainda sua família, incluindo netos. Ele diz ser totalmente favorável que as manifestações ocorram. Apenas lamenta que os metroviários fizeram greve antes da hora, dando tempo "pros caras" [o governo] reagir.

Pouco importa se os jogos já começaram. Esta, provavelmente, é o primeiro caso em que os jogos estão ocorrendo, mas a copa não. 

Eu sempre gostei de copa do mundo e de futebol. No entanto, proibo-me de qualquer sentimento de felicidade com relação às (provavelmente arranjadas) vitórias da seleção brasileira. Esta é a copa do desânimo, da desmotivação e do desinteresse. Esta é a copa da censura de jornalistas, fotógrafos, cinegrafistas, tanto estrangeiros quanto brasileiros, agredidos pelo interesse dos que vão demorar meses para fechar o balancete dos esquemas de superfaturamento das obras com o tanto que roubaram. Esta é a copa da ilegalidade e do crime de estado, cujos agentes são treinados a primar pela obediência das ordens do que da lei e da ordem constitucional que se pretendeu estabelecer em 1988. Esta é a copa de sangue das pessoas que estão pagando o preço por este estado de recessão econômica não declarada, inflacionamento de preços por causa da copa, pela degeneração da economia por meio da sucessiva elevação de impostos. É a copa da ignorância e do dessaber, com escolas sucateadas e professores mal pagos. Em suma, é a copa da morte.

Não nos esqueçamos, há ainda outras oportunidades pela frente. Além da copa ainda não ter terminado, estamos em ano de eleições.



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RECADOS
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Prezado sr. Lourival Santana, jornalista do Estadão,

Por favor explique para a população por que o PCC não apareceu no metrô Carrão no dia 12, haja vista que foi você quem trouxe esta informação para a população, em caráter de exclusividade. Ou você tinha dito uma mentira?

Arte e propaganda em tempos de futebol...

   

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Ditadora Dilma reafirma que manifestações durante copa estão proibidas (o país tem dono?)

A "militância digital" do PT agora lança
campanha com ares de patriotismo para
defender a Dilma e justificar opressão
contra manifestantes que não são vendidos
e não estão sob sua tutela
Em resposta a um artigo do Estadão publicado neste final de semana, sobre uma suposta e improvável conexão entre adeptos da tática black bloc e o PCC, a ditadora Dilma Rousseff disse que “ruas não poderão ser fechadas” para manifestações durante a copa.

Já não é a primeira vez que alertamos aqui que as manifestações foram oficialmente criminalizadas. Aos defensores da liberdade de expressão fica o aviso: a situação está cada vez pior, pois quem não acatar ordens dos militares que serão colocados nas ruas, poderá ser preso por desacato e responder por este “crime” (manifestação não é crime!) em tribunal militar.

Isto posto, não devemos esquecer que os estádios podem virar prisões após a copa, conforme declarações feitas anteriormente pelo governo.

A conjuntura do período da copa é, no mínimo, sombria e obscura. É claro que as manifestações irão ocorrer. E o exército irá responder contra elas, fazendo prisões, senão até assassinato de pessoas inocentes só porque estão indignadas com a corrupção e descaso dos serviços públicos.

Isto sem falar nas torturas de pessoas e tudo isto a olhos vistos. E, para falar com toda sinceridade, não quero nem ver esta copa, que pode resultar no maior banho de sangue da história recente deste país.

Muitas pessoas, sobretudo aquelas que defendem os militares, vivem na ilusão de que eles constituem numa força de intervenção constitucional para o país se ver livre do PT. O que estas pessoas não entendem é que é muito mais fácil para as forças armadas “pular de lado” e fazer acordo com o PT do que resistir a eles. Ainda que a maioria dos militares não se revejam minimamente com o governo atual, isto não importa, pois militares acatam ordens.

Pelo acima exposto, os interesses golpistas e antidemocráticos estão atuando em dois ramos: um na esfera política, com o recente lançamento de um decreto e o outro na esfera do apelo sentimental, de que o país está em caos e um pedido de “intervenção” militar na política se faz urgente, usando-se do discurso do impedimento do crescente desmantelamento das instituições do estado e o aumento da corrupção.

O que garante, por exemplo, que após a copa os militares vão tirar as tropas das ruas? A única pessoa que tem poder de dar esse tipo de ordem é a “comandanta-em-chefe” das forças armadas. Você acha que ela vai fazer? 

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Estadão tentou vincular PCC com Black Bloc para apressar golpe militar



Adeptos da tática black bloc protestaram contra o aumento do
IPTU no dia 31/10/13. Naquela noite, a manifestação foi até
a casa do Fernando Haddad. Anarquistas manifestaram-se
 várias vezes contra petistas e há quem crê que o PT está por
trás das manifestações...


Ninguém percebeu, mas uma série de artigos vinculados no Estadão nas últimas semanas constitui num pedido de “intervenção” (leia-se: golpe) militar. Neste último final de semana, a revista Veja entoou o coro dos descontentes com o uso da expressão “movimentos ditos sociais” na seção “carta ao leitor”, além de colocar a figura do ministro Gilberto Carvalho como “pacificador” entre manifestantes e o governo. Ou o jornal está mal informado ou o seu papel do nesta incursão é o de manter a população propositalmente desinformada e fazer agitação política na opinião pública para que esta se sinta escandalizada contra a ÚNICA resistência atualmente existente contra o governo totalitarista atual e em vigor: os black blocs.


Dilma mandou seu "menino dos recados" e ministro, Gilberto Carvalho, para fazer
uma reunião em São Paulo para a qual vários coletivos de manifestantes foram convidados.
Ministro foi vaiado e houve protesto lá dentro. No meio da "intervenção", um rapaz
diz: aqui a polícia não pode bater na gente, né? Não pode dar tiro, não pode jogar
bomba, né?


De fato, o Foro de São Paulo existe e constitui uma ameaça real e letal contra a já precária democracia brasileira. Assunto já bastante explorado, procure na internet e verá que esta organização criada por Lula e Fidel Castro no início dos anos 1990 teve por finalidade reunir toda a esquerda latino-americana para conseguir nesta região das Américas o que havia sido perdido no leste europeu. Nesta tentativa de tomada do poder já em fase de iminência, segundo até analistas mais liberais, a estratégia aparente deste agrupamento de interesses era ganhar as urnas este ano por meio do pão e circo e estender um pouco mais sua permanência na presidência da república. Só assim conseguirão levar a cabo o desmantelamento das poucas instituições que ainda não estão totalmente corrompidas neste país. Diga-se de passagem, a leitura das atas do Foro de São Paulo não mostra a participação de nenhum grupo anarquista.


Print-Screen de uma nota divulgada pelo coletivo Território Livre,
rechaçando a tentativa do PT em cooptar movimentos - LEITURA
OBRIGATÓRIA: clique aqui para ler o texto completo


Se por acaso não fosse confusão, por qual motivo então o Estadão levaria a cabo uma campanha de satanização contra as demonstrações de insatisfação popular? Neste caso, a única alternativa que resta, e estariam ocultando isto de seus leitores, é que ou eles estão liderando ou, no mínimo, fazem parte de tal vertente oposicionista contra as intenções do Foro de São Paulo. Se tal vertente existir, ao mesmo tempo em que ela rivaliza contra o PT, constituem em si também uma ameaça de tomada do poder, pois o que querem não é a manutenção da democracia, mas os tanques militares nas ruas.

Portanto, estamos falando aqui de duas vertentes que desejam tomar o poder: o Foro de São Paulo com o PT, agora, esta outra ainda sem nome da qual o Estadão aparenta ser partícipe, juntamente com outros associados que ainda não mostraram a cara. É óbvio que os militares estão juntos. Nesta polarização de forças, é óbvio também onde se encontra a posição do PSDB quando o Estadão refere-se aos movimentos sociais como “caso de polícia”: parece até conversa de comadre.


Manifestantes, de maioria adepta da tática black bloc, exige saída da Dilma do cargo 
de presidente da república. Na opinião de vários editoriais, o PT mandou black blocs 
manifestar contra o PT: dããããã.........


A cereja do bolo desta campanha foi o vídeo produzido pelo jornalista Lourival Sant’Anna sobre alguns supostos black blocs. O próprio facebook pode servir como “termômetro” para saber se certas coisas são verídicas ou não. O vídeo vinculado à matéria foi condenado em todas as paginas em que vi ter sido comentado. O mesmo fenômeno ocorreu no caso da revista Época, quando aquele editorial disse que o líder dos black blocs era o Leonardo Morelli.



A veracidade do vídeo é superficialmente questionada nas entrelinhas de outros jornalistas do Estadão, neste artigo que saiu na  terceira páginaNão bastasse isto, agora até a Dilma diz que PCC não está envolvido com black blocs (e olha que o PT entende de quadrilhas...). Portanto, a matéria apenas foi mais uma campanha de satanização por parte de quem ainda se recusa acreditar que os protestos não são financiados por partidos políticos. Imagino que, com isto, o assunto vai esfriar um pouco. Já acusaram o Morelli, depois a Sininho, e agora o PCC. A lista está ficando cada vez mais curta para os conspiracionistas de plantão nas redações dos grandes jornais.

domingo, 1 de junho de 2014

Agent provocateur: como destruir um sistema de pessoas por dentro

Em 2007, no Canadá, "manifestantes" detidos estavam
coincidentemente usando as mesmas botas que os
policiais: agent provocateur desmascarados


Quando autoridades e elites são desafiadas por movimentos sociais, estes dispõem de uma ampla variedade de “ferramentas” para combater opositores. Lembre-se: quando as pessoas não fazem ideia de que estão sendo escravizadas, atacadas ou controladas, elas estão longe de mostrar resistência e de se defenderem do governo.

É tamanha desinformação da população sobre a atuação da polícia que esta instituição pode admitir, na maior cara de pau e em frente às câmeras da imprensa, possuir policiais infiltrados nas manifestações sem causar grande incômodo ou alarde. Urge, portanto, a necessidade de explicar melhor do que se tratam estes policiais infiltrados, uns chamam de P2, mas há também os Agent Provocateur.

São duas vias de combate: a via legal e a via de dissimulação de desinformação e infiltração.

A via legal trata-se exclusivamente do P2, que faz parte do serviço de inteligência da polícia. Sua função é tão somente levantar as informações para prestar suporte ao comando nas suas ações táticas e de operação. Mas o P2 também pode ser empregado também na investigação interna da corporação, quando policiais estão envolvidos em atividades criminosas. Portanto, a função do P2 é levantar a descoberta de fatos para reforçar o inquérito policial.

Já a via de dissimulação de desinformação e infiltração é baseada na atuação dos agent provocateur, os quais não necessariamente são policiais, mas podem ser pessoas atuando no interesse de partidos ou agentes do governo. O interesse do governo aqui é neutralizar a organização, além de balizar o direcionamento deste grupo rumo à sua aniquilação. Tais grupos são aqueles responsáveis por greves, manifestações, protestos, ou toda sorte de movimentação social considerada ameaçadora pelo governo.

Historicamente, os agent provocateur foram criados por comunistas como forma de identificar militantes monarquistas russos engajados na formação de uma resistência contra a revolução. Porém, mais tarde a mesma tática não apenas foi empregada em épocas diferentes em outros países no ocidente, mas tem sido também feita aqui no Brasil.

Por exemplo, um determinado protesto pode terminar com violência caso o tema da manifestação seja considerado perigoso e ameaçador para os interesses do estado.

No dia 28/08/13, durante uma manifestação contra os embargos infringentes e em defesa do voto impresso, um agent provocateurtinha acionado duas bombas e as jogou no meio das pessoas que estavam se manifestando em São Paulo. Ninguém saiu ferido e as pessoas consideraram aquilo estranho. Quando os manifestantes cercaram o sujeito, que estava mascarado de Guy Fawkes, a polícia militar rapidamente o cercou para defendê-lo e o levou embora dali, sem informar pra qual delegacia. Esta estranha movimentação da PM apenas acentuou as suspeitas de que o sujeito se tratava de um policial, pois eles costumam permitir que a detenção dos indivíduos seja acompanhada pelos demais manifestantes.




No dia 19/10/13, tanto a polícia militar como a Rede Globo manobraram seus veículos no intuito de deixa-los estacionados no meio dos manifestantes que estavam protestando contra o Instituto Royal. Em dado momento, um militante anarquista tenta dissuadir os demais em praticar vandalismo, tendo ele afirmado na hora ter visto pessoas, provavelmente da polícia, iniciar as depredações e motivar os demais a fazê-lo. Estas cenas pode ser vistas aos 3m14s do vídeo abaixo:





No dia 25/01/14, um agent provocateurfoi flagrado espancando a imprensa. Ele estava se passando por manifestante, deu golpes contra uma jornalista e um cinegrafista da equipe do SBT. Logo em seguida, este correu para dentro da “panela de Hamburgo”. Portanto, era um policial com objetivo de criar factoide para a mídia falar que foi agredida por manifestantes.




Nessa mesma data, a PM fez imagens de pessoas invadindo um banco e destruindo caixas eletrônicos. A proximidade do policial com os manifestantes revela que este provavelmente estava caracterizado de preto, tal como fazem os adeptos da tática black bloc e bem demonstra a facilidade que tem a corporação em infiltrar policiais. As imagens podem ser conferidas a partir dos 20 segundos no link abaixo (repare como o PM que apresenta o programa fica repetindo que “as imagens são exclusivas da polícia militar”):




Além de iniciar agressões, jogar bombas ou incitar outros a iniciar revolta, há de se analisar se as atividades dos agent provocateur tem sido orientadas no sentido de roubar pertences de outras pessoas.

Denuncias alarmantes feitas por anarquistas, a partir de relatos obtidos na internet, revelam que pessoas estão sendo roubadas nas ocupações. Se tais ações estão sendo perpetradas pelos agent provocateur, então é nítido que o objetivo deles é o de constranger os interessados em participar das ocupações, além de causar desconforto que seja bastante para que a pessoa/vítima não apenas sinta raiva, mas também saia por aí espalhando que há ladrões nas ocupações. Desta forma, a própria vítima acaba por difundir má reputação sobre a ocupação.









O trabalho de infiltração pode ser demasiadamente demorado ante o interesse urgente do governo em dissimular este grupo. Portanto, o agent provocateur se utiliza de algumas técnicas de descrédito, desinformação e calúnias, no sentido de romper as relações interpessoais que mantém o grupo unido.

Como dissemos anteriormente, o agent provocateur, por vezes, não necessariamente é um policial, mas um funcionário do governo. O governo destina seus agentes à atuação em toda espécie de organização que se rebela contra o governo. Portanto, o objetivo dele é assegurar que o governante se mantenha no “trono”.

Neste sentido, a Marcha da Família, não nos esqueçamos, também foi uma manifestação contra o governo e contou com pessoas infiltrados em nítida ambição de conturbar a manifestação. Duas destas pessoas eram homens que se vestiram como empregadas domésticas e, passando-se por homossexuais, tiraram sarro da marcha e provocaram as pessoas no intuito de ser agredidas e fazer agitação suficiente para que os fatos saíssem nos jornais e denigrisse a manifestação.




O grande “ápice” das operações de infiltração é permitir que os rivais do governo aniquilem-se entre si, sem causar para o governante a necessidade de mobilizar recursos para conter determinada convulsão social. Portanto, é de interesse dos governantes que grupos de oposição, por mais que divergentes que sejam entre si, destruam a si próprios.

Isto posto, a figura conhecida por Isabella Trevisani foi recentemente desmascarada por alunos do filósofo Olavo de Carvalho. Segundo informações, ela estaria trabalhando para o PT, inclusive, chegou a discursar em cima do trio-elétrico durante a Marcha da Família, incitando uma multidão de quase mil pessoas “contra comunistas”.



Esta “moça” fez todo tipo de esforço para se tornar conhecida rápido. Primeiro, entrava nas páginas de eventos de manifestações para literalmente xingar os adeptos do black bloc. Inclusive, se não foi ela quem cunhou o termo “black bostas”, esta certamente tratou da difusão. Em seguida, fundou um canal no Youtube e chegou a arrancar elogios da direita. Segundo informações, ela levantou suspeitas depois de “exigir” que Olavo de Carvalho apoiasse mais rigorosamente a Marcha da Família.


Vídeo feito pela Isabella Trevisani em 2011 em apoio ao Lula: coisa estranhapara quem se posiciona como "direita conservadora"


Este breve-dossiê resume um pouco a cara de pau da agent provocateur Isabella Trevisani:
http://issuu.com/alexbrummachado/docs/o_amor_incondicional_de__isabella_t

Portanto, pelo menos desde 2011 ela nutria simpatias pela figura do Lula e já estava envolvida na política. Trevisani é também presidente do “Juventude Progressista” entidade esta do Partido Progressista. Lembremos aqui que recentemente o Paulo Maluf declarou apoio ao Padilha, a mesma figura canalha que mandou militantes petistas sair espancando manifestantes na noite do dia 27/09/2013. Cabe frisar, naquela noite a Polícia Militar defendeu o PT e também saiu agredindo os poucos manifestantes que restavam e insistiam em protestavam contra os embargos infringentes do caso do mensalão.

Portanto, é certo que o governo está infiltrando agent provocateur, tanto em círculos onde a esquerda convencional não controla (anarquistas) como também nas organizações sobre as quais não possui influência (grupos de direita).

Hoje, olhando para trás, considero uma benção divina que a Marcha da Família e a Marcha Antifascista não tenham se encontrado no dia 22/03/2014, porque se tivesse, mais que evidentemente haveria confronto entre os grupos: jogar povo contra povo é coisa inteiramente dentro do interesse do governo.