domingo, 13 de julho de 2014

Desmilitarização da PM


O tema da desmilitarização da Polícia Militar foi uma pauta recorrente durante as manifestações deste ano e no ano passado. A justificativa apresentada por aqueles que a defendiam era a "truculência" da PM e o seu rastro de vítimas, abuso de autoridade, abuso da força física, entre outros. 

Desmilitarizar a PM, em suma, significa transformá-la numa polícia civil. É dar direito de greve a quem é militar. Trata-se de abrir a oportunidade para que o soldado simplesmente deixe de acatar ordens vindas de cima pelo motivo que quiser, relaxar o treinamento do soldado, e muito mais. 

Como a lei simplesmente não basta no combate ao crime, os que defendem a desmilitarização da PM entendem perfeitamente que a Instituição representa um dos últimos obstáculos contra o esquerdista armado, aqui inclui-se os traficantes de drogas e assaltantes de bancos (leiam o livro do jornalista Carlos Amorim, A História Secreta do Crime Organizado e entenderão o por quê).

Meu avô entrou para a polícia aos 16 anos. Na época podia entrar antes da maioridade e a admissão não era via concurso público, mas por vocação. Durante toda sua vida serviu à Força Pública do Estado de São Paulo, instituição esta que foi militarizada logo no início do regime militar, o qual apoiou. Bem no final de sua carreira, saiu da polícia e foi para o Exército, vindo a servir em diversos lugares do país, até hoje não sei em quê. Se na época dele era possível uma sociedade ter uma polícia desmilitarizada, a conjuntura não mais existe. Na época dele, menor não roubava e nem matava pra roubar. Não tinha Estatuto da Criança e do Adolescente. Os criminosos não atuavam de maneira organizada. Não tinha Comando Vermelho, Primeiro Comando da Capital ou coisa semelhante. 

Na época dele as casas tinham muros baixos apenas para conter o cachorro da família, delimitar a propriedade ou ainda servir de apoio para as donas do lar ter algo sobre o qual ficar encostada durante a conversa durante a tarde. Hoje, por outro lado, a conjuntura mudou. As casas parecem pequenos "fortes apaches", com muros altos, cacos de vidros, cercas elétricas, câmeras de segurança, cães de raça, e muito mais. 

À despeito da opinião da minoria, a vasta maioria da sociedade defende e apoia o serviço do policial militar. Esta campanha não passa de uma falácia de assassinos praticadas por inocentes úteis que não tem nem a visão histórica e a visão do todo.

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