quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Invasão chinesa

Quem viveu a década de 1990 do seu início ao fim se lembra muito bem da proliferação das lojas de R$ 1,99. Repletas de bugigangas interessantes e utilidades domésticas de todo o tipo vindas da China, a proliferação destas lojas de norte ao sul do Brasil foram reflexo dos anos de estabilidade da moeda que se viu nos anos iniciais do Plano Real, especialmente entre 1994 a 1997.



Qualquer item dentro destas lojas custava exatamente R$ 1,99. Até a “presidenta” Dilma Rousseff foi proprietária de uma destas lojas com um nome ridículo de “Pão e Circo” foi à falência. 

O ramo de importação estava em franco crescimento. Depois de uma década inteira de demanda reprimida (anos 80), fazia todo sentido que o mercado nacional tivesse predileção aos produtos importados que eram mais baratos e melhores.

Este mesmo mercado já tinha o costume de trazer coisas do Paraguai. Eu não fazia idéia na época, mas na primeira e única vez que estive em Ponta Porã, por volta de 1992-93, tinha visto lá uma amostra do que iria acontecer no Brasil em breve. Uma coisa que lembro nitidamente eram os vendedores de cortadores de unha e cadeados de ferro que, aliás, não eram de boa qualidade, mas competiam no preço. Mas a China não fabricaria apenas estes itens durante muito tempo.

Basicamente naquela mesma época, os chineses estavam no início de se tornar “fabricantes do mundo e de tudo”. Nike, Adidas, Reebok e todas as grandes marcas de qualquer coisa que você pode imaginar, desde eletrônicos a vestuário, estavam transferindo suas plantas de fabricação para aquele país.

Os tempos de hoje são outros e a China já não é o lugar mais barato para se fabricar artigos. O país vem perdendo competitividade para outras nações da Ásia, menores mas com relações diplomáticas mais interessantes aos EUA e à Europa.

Me parece que os chineses agora tem buscado obter lucro não apenas na fabricação e transporte, mas também no restante da cadeia produtiva, ou seja, o comercio local dos países importadores de seus produtos. Por qualquer lugar que você ande nas ruas da capital e das principais cidades do interior do estado de São Paulo, estão se tornando cada vez mais freqüentes o número de estabelecimentos cujos proprietários são chineses.

Estas pessoas não reconhecem o descanso dos sábados e domingos ou até mesmo uma jornada de trabalho de 8 horas de duração: estas “regalias” não existem na China, portanto, não devem ser aplicadas aos “trabalhadores” que os proprietários destas lojas trazem consigo para o Brasil. É raro ver nestas lojas mais do que um funcionário que seja brasileiro e, na maioria das vezes, trabalha como um interprete daqueles que não tem a mínima condição de falar uma única frase em português que seja diferente de “compra, compra, é bom, é barato”.

Posso até estar errado em afirmar isto, mas não creio que estes imigrantes tenham vindo por admiração à nossa cultura ou porque o nosso país é mais interessante que o deles É estratégia de dominação mesmo, com objetivo de falir os comerciantes locais e dominar total e exclusivamente o comércio local.


Esta postagem não tem nenhum intuito de incentivar a xenofobia ou atos de discriminação contra imigrantes. Meses atrás vi um vídeo de um policial militar interrogar dois haitianos que trabalhavam como frentistas num posto de gasolina. Perguntou se vieram pra cá trabalhar mesmo ou se era algum tipo de invasão. Ao meu ver, assim como os haitianos, só um ignorante não enxerga que há algo por trás destas recentes ondas imigratórias.

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