sábado, 28 de junho de 2014

Com eleições chegando, governo quer “limpar” ruas para dar lugar a manifestantes partidários



As manifestações de rua provaram o seu poder. A tarifa foi reduzida em 2013 e, neste ano, apesar da realização do mundial, a copa não está acontecendo. São muito poucos aqueles que entraram no clima de copa. As conquistas não satisfazem, mas são a prova de que as manifestações, a despeito dos que creem no oposto, têm sim o seu poder político. Diante deste cenário, os políticos temem que as manifestações de rua influenciem suas caríssimas campanhas eleitorais.

Sob este prisma, fica esclarecido o restante do mistério em torno do caso Hidaki-Lusvarghi. Ambos são também elementos de uma campanha de intimidação, feita com objetivo explícito de manter acuados os manifestantes, e mantê-los reclusos em suas casas.

Não é a toa que policiais andam com pranchetas anotando nomes dos que são revistados e fazem fotografias das pessoas nos atos. A descabida exigência da Polícia Militar de que as manifestações tenham um responsável – exigência esta que não consta na lei – trata-se de um modus operandi mais barato para manter as pessoas confinadas em um local e impedir que a marcha cumpra sua caminhada pelas ruas. A técnica é simples e eficaz: se o governo não tem como proibir as manifestações, eles irão mantê-las paradas à força no seu local de encontro.

Assim, cumpre-se o propósito tucano-petista de limpar as ruas de manifestantes apartidários. Eles estão se preparando para as eleições e não querem saber de apartidários nas ruas. Estas serão somente ocupadas para colocar os que são de seu partido.

Nenhuma ação é pouca para preservar o interesse do PT e do PSDB de serem reeleitos nas esferas de poder onde atualmente ocupam. Podem contar que, por trás desta manobra, ainda há outras ações em curso.

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