segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

São Paulo é cinzenta? A culpa é sua!

O ativismo ambientalista não tem mais o direito de abrir a boca contra o capitalismo, consumismo, especulação imobiliária e o raio que o parta. Existe e há algo que possa ser feito para deixar a metrópole mais verde e mais elegante. Mas, para isto, você precisa estudar e agir!

Como todos sabemos, o avanço da urbanização destrói a mata virgem que antes existia em determinado local, que também serve de fonte de alimento e abrigo para diversos tipos de animais silvestres. Tais animais, em função do avanço da urbanização, se veem obrigados a se mudar para outras regiões. Porém, o risco que corremos, num pais rico em biodiversidade como o Brasil, é de que várias espécies sejam ameaçadas de extinção porque a urbanização já está por todas as partes e não tem para onde correr.

Essa urbanização, como sabemos, já não é de hoje. No caso de São Paulo, houve um período compreendido por la belle époque paulista em que os fazendeiros deixaram de habitar na sede da fazenda para morar nos pequenos centros das cidades que se formavam no interior. Nestes centros, surgiam uma diversidade de serviços que empregavam mão de obra especializada e imigrantes que chegavam da Europa. No comercio, é visível a diversidade de serviços (farmácia, borracharia, mercearia, banco, etc.) que surgiram para atender as populações do campo.

Esta urbanização começou a surgir sem grandes planejamentos, de maneira quase espontânea ou como conviesse os interesses dos que eram investidores do setor imobiliário. Infelizmente, hoje as pessoas moram em espaços apertados, o próprio estado não tem condições de criar infraestrutura eficaz em função de ruas construídas sem planejamento (por exemplo, ônibus que não sobe na rua porque é íngreme demais). Neste contexto, ha' pouco espaço dedicado 'a natureza. E mesmo onde é possível ver jardins, eles são artificiais, com plantas não nativas e de cores exóticas.

Um estudo realizado mostrou que 80% das plantas existentes na cidade de São Paulo são de origem estrangeira. Ocorre que mesmo estas plantas - como se não bastasse a urbanização - representam uma ameaça ao bioma nativo. A planta conhecida por Espada de S. Jorge é um exemplo de planta não nativa (origem africana), veio para o Brasil por ser utilizada para fins religiosos, e é capaz de crescer como praga e tomar o espaço em que poderia ser cultivado um Pau-Ferro ou um Cambuci, por exemplo.

Portanto, cabe a nós - e não ao governo - tomar as iniciativas iniciais para transformar a cidade num lugar mais verde. Este artigo e' o primeiro de uma serie que publicarei aqui sobre o tema de iniciativas que podem - e devem ser feitas - sem depender do governo. Como sabemos, a região sudeste do Brasil passa por uma severa crise de falta d'agua e cuidar de plantas numa época como esta parece piada de mal gosto, haja vista que elas consomem tanto ou até mais agua que as pessoas que vivem ao redor. Isto não deve servir aos interessados como desculpa para fugir do tema, pois ensinarei aqui técnicas para não desperdiçar agua e usar fontes gratuitas para que você cuide de suas plantas.


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