terça-feira, 27 de maio de 2014

O voto, resolve?


São ingênuos os que acreditam na ilusão de que o voto é ferramenta de mudanças nos caminhos da política, ou pelo menos, isto é verdadeiro apenas no resto do mundo. Aqui no Brasil, nesta suposta "sociedade democrática", pura mentira. Falo e provo: em 2005, por exemplo, fiz campanha contra o desarmamento. Elaborei panfletos, distribuição e mantive um blog, conversei com pessoas: tudo por conta própria.


Pedido de autorização para
compra de arma indeferido pela PF
Isto aconteceu há 9 anos atrás, mas me lembro como se fosse ontem. De um lado estava a campanha do não, contando com uma equipe reduzida de pessoas, mas apoiada pelo esforço individual de várias pessoas espalhadas pelo país, entre elas, eu. Do outro lado, estava a campanha do sim, e atrás dela a Rede Globo de Manipulação botou sua tropa de choque de atores pra ficar sorrindo na frente das telas, repetindo sem parar “arma é ódio”, numa campanha de caça às bruxas financiada com dinheiro público e orquestrada pelo governo federal golpista e totalitário, seguindo a receita do desarmamento germânico promovida por Adolf Hitler.

Naquele referendo, o não venceu. Comentaristas ditos democráticos, como por exemplo a Lucia Hippolito, teve o descabimento de falar na rádio CBN que o nãovenceu porque o povo é “contra tudo”.

Independente das análises precárias ou dos interesses por trás da campanha pelo desarmamento, fato é que a vontade popular majoritária manifestada nas urnas não prevaleceu.

Prova disso é que com a diminuição, os crimes aumentaram, a vagabundagem está cada vez mais perversa e os governantes deste país nunca se sentiram tão seguros. Então vejamos: juiz pode ter arma, político pode ter arma, policial pode ter arma, mas que você que trabalha e sustenta todos eles: não pode ter arma. 

O que os governantes querem, na verdade, nada tem a ver com a manutenção da paz. O que eles querem é roubar a vontade, sem que o povo tenha o poder de interferir. A campanha do desarmamento foi só um dos passos que eles tomaram neste sentido. Outros já foram dados ao longo da história, como por exemplo, a construção do dito “marco arquitetônico” feio e horroroso de Brasília. Antes da capital federal ser transferida para o meio do nada, quando ficava no Rio de Janeiro, qualquer manifestação de estudante já era bastante para causar dores de cabeça nos governantes.

Em uma crítica contra as manifestações, o ministro do STF Marco Aurélio de Mello, escreveu em seu artigo intitulado das manifestações de rua ao poder do voto que o voto “é expressão insubstituível da manifestação popular”. Que tamanha cara de pau! Então porque o estatuto do desarmamento não foi proibido? Aquilo nunca foi da vontade popular! Não, o voto não muda nada!

Que outros passos ainda restam para que finalmente enfiem a todos em campos de concentração?

Nunca se viu na história deste país tamanho clima de incredulidade com relação às perspectivas futuras, ainda mais agora que nos aproximamos das eleições e denuncias de que as urnas são fraudadas pipocam por todas as partes.

E então, o voto resolve?

Nenhum comentário:

Postar um comentário