terça-feira, 1 de abril de 2014

Arte estranha


Volta e meia eu vejo um cachecol enrolado num poste e até considero isto normal, embora não devesse. Mas hoje, conforme caminhava pela Avenida Paulista, me surpreendi com este objeto pendurado num semaforo, que à princípio pensei que fosse macumba. Só depois entendi que era um objeto de arte urbana deixado ali por alguém. Tive vontade de pegar e levar pra casa, mas acabei deixando aquela coisa ali mesmo e só tirei umas fotos com o celular. Quem sabe, talvez até fosse mesmo uma macumba.












Imagine você estar andando na Avenida Paulista e de repente se depara com uma coisa dessas. Uma tábua de cortar alimentos pendurada num semáforo, sendo que na sua superfície há uma série de objetos posicionados de forma estranha: uma cabeça rachada do qual aparenta servir de casca para um ovo, que por sua vez também sangra, além dos parafusos e pregos dispostos em ordem estranha.

Seria algum tipo de desvaneio ou distúrbio mental de algum artista pouco famoso? A cidade de São Paulo é repleta dessas bizarrices, desde pichações, adesivos e lambes, muitos dos quais não trazem nenhuma mensagem específica aparente. Existe, inclusive, uma espécie de movimento que se propõe a costurar cachecóis para amarrar nas árvores e nos postes da cidade. Outro grupo resolve pegar uns panos e fazer uma espécie de "porta-sapatos", daqueles tipos que as pessoas penduravam no banheiro... mas, ao invés disso, são pendurados em postes, e os espaços preenchidos com terra e muda de plantas ou hortaliças, numa tentativa bizarra e de fazer no local uma parede verde improvisada...

O que chama atenção sobre estas pessoas não é apenas suas idéias malucas, mas também o tempo disponível do qual dispõem para fazer essas maluquices, além da capacidade de juntar outras pessoas para ser co-autoras dos projetos. Nada mais óbvio, já que estas coisas certamente não são produto de iniciativas solitárias. E se for, cuidado, pois gente assim deve ser bem estranha mesmo...

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